quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Temendo a morte


Estava eu visitando uma senhora idosa internada num hospital quando, ao despedir-me, ela me perguntou com a voz fraca: “Quando eu morrer, estará tudo bem?” Havia em sua voz algo que denunciava medo. Sentei-me de novo e conversei com ela por longo tempo. Ela tinha medo de morrer, mas, até aquele momento, receava admitir seu temor, porque, sendo cristão, havia aprendido que os crentes não devem temer a morte. A verdade é que muitos cristãos têm medo de morrer. Alguns chegam à beira do pânico. Nada há de anormal ou anticristo em ter receio da morte.

Ela é inevitável., Ela é parte do desconhecido e, sem dúvida, nos amedronta. É separação daquilo que temos e de pessoas que amamos. O apóstolo Paulo chama a morte de “último inimigo” (1 Coríntios 15:26). Não é preciso e nem é bom esconder o medo da morte. Devemos dizer isso às pessoas que nos cercam e especialmente a Deus. Ele compreende. Ele prometeu estar conosco sempre: “Ainda que você ande por um vale escuro como a morte”. Ele caminhará ao nosso lado. E, como Ele está conosco, não há razão para temer. Mas se tivermos medo, ainda assim, Ele estará conosco.

Não é preciso, nem é bom esconder o medo da morte.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

O silêncio...

 
Ouvi uma história de um garoto que durante os primeiros três anos de vida jamais falou . Seus pais tentavam de tudo para fazê-lo falar. Finalmente, um dia, à mesa de jantar, ele falou suas primeiras palavras: "Ervilhas frias!" Eles ficaram extasiados de alegria! "Por que você não disse nada até agora?" perguntaram. E ele respondeu: "até agora estava tudo ótimo". Deus espera que seus filhos falem alguma coisa.

Dias, meses e anos se passam, e nós não abrimos nossas bocas. Apenas quando temos uma reclamação a ser feita é que finalmente nos sentimos motivados a fazer da oração uma prioridade. Apenas quando as ervilhas da vida estão frias é que pensamos em falar com nosso Pai Celestial.Mas a oração não é uma sessão de lavar roupa suja com Deus. Pelo contrário, é uma oportunidade de nos tornarmos íntimos de Deus, que nos sustenta, através dos tempos tranqüilos e difíceis.

Orar apenas quando estamos em dificuldade é como conversar com o cônjuge apenas quando estamos diante de um conflito extremo. Essa não é a melhor hora de construir pontes de comunicação. É preciso comunicar-se sempre. Hoje é tempo de orar. Hoje é tempo de falar com Deus.


terça-feira, 16 de outubro de 2012

Ser amado!


Como é possível amar sem ser amado? O amor verdadeiro não espera nada em troca, ou espera? O amor humano tem limites. Adoece, enfraquece, murcha e morre. Amor precisa ser correspondido.

Deus é capaz de amar infinitamente, mas ainda assim seu amor por nós espera uma resposta de amor por Ele. Se Deus nos ama com amor surpreendente, apesar de, muitas vezes, não o merecermos, qual deve ser, então, a nossa resposta ou reação a tão grande amor? Deus, certamente, quer uma resposta. Na comparação que Deus faz entre o seu povo e uma plantação de uvas, o agricultor preparou todo o terreno e plantou mudas boas, esperando que a vinha produzisse de acordo. (Isaías 5.2) Sendo assim, nós também devemos responder a Deus, segundo sua expectativa. O que Deus, então, quer de nós?

Deus diz, “Ame o Senhor, o seu Deus…” A resposta que Deus quer de nós é que obedeçamos a Ele, que o reconheçamos como o único Deus verdadeiro e que o sirvamos ­ não por obrigação, mas por amor e gratidão. Nos dias do ministério de Jesus, alguns líderes da comunidade judaica chegaram a Jesus com uma pergunta a respeito do maior mandamento. Jesus disse: “Ame ao Senhor seu Deus com todo o seu coração, com toda a sua alma e com todo o seu entendimento.” (Mateus 22.34-40)

Amor deve ser respondido com amor.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Adorar, transcender...

 
Adorar é uma prática universal, pois é necessidade humana procurar transcender a sua existência terrena, buscando sentido para sua vida. Todos os seres humanos, em algum momento de suas vidas, sentem essa necessidade, anseiam por um contato com o sobrenatural, um contato com Deus. Para os cristãos, toda adoração deve ser dirigida exclusivamente a Deus.

O mais é idolatria. A adoração deve ser feita com sinceridade e verdade, pois Deus não se impressiona com rituais, pois vê o coração — "Deus é espírito, e é necessário que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade". (João 4.24) Há várias formas de adoração. Adoramos no culto, quando juntos com o povo de Deus celebramos a bênção de ter Deus como Pai. Adoramos no dia-a-dia, vivendo uma vida de gratidão e reconhecimento por sua bondade. Adoramos na vida, quando procuramos desenvolver uma santidade que agrade a Deus, quando praticamos o que dele recebemos como instrução. Adoramos em serviço aos irmãos, quando estendemos nossa solidarie-dade àqueles que sofrem.

A adoração apenas num templo, sem vida prática e sem serviço ao próximo, fica incompleta, vazia, como um sino que toca, sem nada anunciar.

Adorar a Deus e servir aos homens é a expressão máxima de vida cristã.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Pensar..

 
Durante o transcurso de nossa vida, vamos acumulando experiências, mas também sofrendo várias decepções que, se não tomarmos muito cuidado, podem nos transformar em pessoas amargas, desconfiadas e rancorosas. É verdade que sofremos todas às vezes que somos alvos de críticas injustas, traição, calúnias e desprezo. É natural até que sintamos raiva, no momento, da pessoa que nos prejudicou.


Mas, o que não devemos permitir é que essa raiva perdure para sempre e que tais experiências negativas maculem o nosso caráter ou transformem a nossa personalidade. O melhor é entregar tudo ao Justo Juiz, que é Jesus. Ele sabe a hora certa de punir os culpados. Não façamos justiça com as nossas próprias mãos, pois a nossa justiça não tem a onisciência de Deus. O rancor nos cega para um desfecho conciliador e nem deixa o tempo nos ajudar, amainando nosso sentimento de raiva. Com o tempo podemos dar ao fato a real proporção de seu mal. Não percamos de vista a beleza da natureza, da comunhão com pessoas amigas, da nossa família, do amor. Desarmados pela graça e pelo amor de Cristo partimos para a reconciliação, remédio para nossas amarguras e nossos relacionamentos partidos.

Quem perde tem mais chance de ser feliz do que quem cultiva o rancor de ofensas passadas.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Sua autoridade


É possível prevenir-nos de muitos conflitos que nos afligem. Após o adultério de Davi com Bate-Seba, Natã previu uma turbulência familiar muito séria, que iria persegui-lo e atormen-tá-lo. Davi é agora um homem velho e fraco, e está próximo da morte; mas o problema persiste. Abisague, uma jovem bela e virgem, pode manter o corpo de Davi aquecido, mas não pode resolver questões entre pai e filho.

O conflito familiar é uma conseqüência natural do pecado de Davi. Como pai, ele perdeu a autoridade moral com seus filhos, pois não lhes corrigia quando seus filhos não agiam corretamente. Agora, ele colhe o fruto de sua omissão e passividade: Adonias, mimado e ambicioso, tenta tomar o seu trono, assim como já havia tentado seu irmão mais velho, Absalão. A ambição de Adonias havia passado despercebida e Davi não fazia a menor idéia das suas intenções. Que situação triste.

Mas Deus, fiel em suas promessas, novamente derrama suas bênçãos sobre o rei Davi. Natã alerta Bate-Seba e a aconselha. E ambos avisam Davi da conspiração que está para acontecer. Finalmente, a situação se volta contra Adonias, que clama por misericórdia. Salomão é declarado rei e sua coroação é pública. Assim, mais uma vez, apesar dos pecados de Davi, um desastre é evitado pela intervenção misericordiosa de Deus.

Ninguém perde sua autoridade por causa de suas falhas, mas pela incoerência de não admitir que falhou.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Honestidade

 
Os governantes têm que se cercar de gente honesta, trabalhadora, íntegra, corajosa. Infelizmente, alguns se corrompem e se cercam por bajuladores e não por aqueles que dizem a verdade e denunciam o erro. Acabe tinha 400 profetas que diziam o que ele gostava de ouvir. Miquéias não fazia parte desse grupo, por isso, Acabe o odiava como odiava a Elias, pois esses dois profetas não diziam o que o rei queria ouvir. Miquéias dizia: "Direi o que o Senhor me mandar." Se desprezamos a Palavra de Deus e ouvimos pregadores que dizem apenas o que desejamos ouvir, Deus poderá permitir que espíritos mentirosos controlem pregadores corruptos, permitindo, também, que acredi-temos em suas mentiras. Os bajuladores podem fazer com que nos sintamos à vontade com o pecado e o caminho para a perdição nos parecerá positivo.

Mas, enquanto esses mentirosos tentam nos guiar para o inferno e para a morte, a misericórdia de Deus ainda nos oferecerá outra chance. Deus poderá mandar uma voz corajosa para nos dizer a verdade que não desejamos ouvir. O aviso de Miquéias foi a última chance de Acabe. Cada um de nós terá uma última chance, quando Deus nos der o seu último aviso. Se o rejeitarmos, seremos condenados.

Os bajuladores nos fazem sentir à vontade com o pecado e a ver o caminho da perdição como positivo.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Existem anjos


Existem anjos. Entretanto, nem todos são bons. Satanás também é anjo. O anjo que falou ao sacerdote Zacarias, no entanto, era bom e se há graduações entre os anjos bons, Gabriel (o nome desse anjo) figura entre os melhores ele ministra diante de Deus. Qualquer anjo, numa aparição repentina, teria causado espanto e terror a Zacarias, mas o anjo Gabriel causou bem mais, pois ele sabia que ele era o enviado, quando Deus tinha alguma mudança a fazer no mundo. Zacarias conhecia o livro de Daniel, no Velho Testamento, e tinha conhecimento da visão que Daniel teve e que Gabriel veio lhe explicar (Daniel 9).

Havia, naquela visão, uma referência à obra que Zacarias realizava de sacrificar e fazer ofertas. Ele havia dito a Daniel que chegaria o dia em que os sacrifícios e as ofertas cessariam (Daniel 9.27). Os sacerdotes de Israel se lembravam dessa promessa, quando pensavam em Gabriel.

E Gabriel, agora, entra em ação novamente após ouvir a sua mensagem, conhecer a sua identidade, Zacarias tinha certeza de que Deus estava prestes a realizar grandes coisas. Lá, naquela sala dos sacrifícios, a maravilha do passado de Israel, os poderes dos céus e a fragilidade dos humanos se uniram, num sinal de que Deus estava para intervir e trazer redenção ao mundo sofredor.

Senhor, soberano Deus, tu e os teus anjos sabem de tudo que está acontecendo no mundo e em nossas vidas. Nós te louvamos por isso. Faze-nos sensíveis às tuas obras.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

O agir de Deus

 
Quando Deus abre as comportas do céu Ele pode nos inundar com boas coisas. Deus nos convida a confiar nele e a obedecê-lo, dizendo: "vejam se não vou abrir as comportas dos céus e derramar sobre vocês tantos bens que nem terão onde guardá-las." (Malaquias 3.10) Mas as comportas do céu podem derramar juízo, também. Na época de Noé, "as comportas do céu se abriram" (Gênesis 7.11) e todos os seres viventes pereceram. O oficial do rei Jorão duvidou da palavra de Eliseu de que haveria comida em abundância no dia seguinte. Aquele oficial não confiou em Deus e nas suas bênçãos, então, ele recebeu o juízo de Deus.

Enquanto os outros festejavam, ele foi pisoteado até a morte. Está chegando o dia da consumação final, quando as comportas do céu serão abertas definitivamente. Jesus e seus exércitos de anjos adentrarão neste mundo. Para os que crêem, aquele dia trará tantas alegrias e bênçãos que "nem terão onde guardá-las." Mas para os que não crêem, será um dia de ruína e miséria. (Isaías 24.18, 21) Os anjos do Senhor "os lançarão na fornalha ardente, onde haverá choro e ranger de dentes. Então os justos brilharão como o sol no Reino de seu Pai. Aquele que tem ouvidos, ouça." (Mateus 13.42-43)
  
Se Deus é santo e justo chegará um ponto em que a maldade humana chegará em seu limite. E Ele agirá.

terça-feira, 2 de outubro de 2012


Sério problema, muitas vezes, com os filhos crescidos é a participação deles na vida da Igreja. Não são poucos os filhos que, já adolescentes, por algum motivo, recusam-se a participar da Escola Dominical e dos cultos. O que fazer? Forçá-los será que é o melhor caminho para resolver o problema? Parece-nos que não! A Bíblia nos ensina que o melhor método é o nosso exemplo! O melhor sermão é o vivenciado e não o proferido. Não raro, os pais mandam os filhos à Igreja, para os trabalhos, mas eles mesmos não vão. Ordem sem exemplo! Verdadeira e péssima contradição.Portanto, o exemplo deve partir de nossa parte.


Nossas ações falam muito mais alto que nossas palavras. Quando agimos conforme falamos, a imagem desse exemplo fica para sempre gravada na mente e nos corações de nossos filhos. Não é verdade que temos cenas (algumas boas; outras nem tanto) de nossos pais gravadas como fotografias em nossas mentes? Participemos das atividades da igreja para que os nossos filhos também participem! Afinal, se a Igreja é um lugar bom, por que temos preguiça de nos engajarmos nela? Afinemos o nosso diapasão pelo do Salmista: “Alegrei-me quando me disseram: Vamos à Casa do Senhor!” (Salmos 122.1)

Que imagem nós deixaremos marcada na mente de nossos filhos?

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Sonhadores...

 
Todos nós sonhamos. Sonhar faz parte de uma vida sadia. Muitos sonham, também, com os olhos abertos. José do Egito, o filho predileto de Jacó, também era sonhador. Aos dezessete anos, ele contou à família um dos seus sonhos. Mas isso lhe causou problemas, porque os seus irmãos se indignaram contra ele. Jogaram-no em um buraco e, depois, venderam-no para ser escravo no Egito. A sua situação teria sido desesperadora, se Deus não estivesse com ele (Gênesis 39.3,23). De mero sonhador Deus o fez intérprete de sonhos.


E José disse ao Faraó que esse era um dom de Deus (Gênesis 41.16). O Faraó, então, o fez governador do Egito e o sonho de José se tornou realidade. Na época de Natal, nós nos lembramos de outro José. Um anjo lhe apareceu em sonho e lhe falou do nascimento de Jesus: “A virgem ficará grávida e dará à luz um filho…” (Mateus 1.23) E é Ele quem dá sentido às nossas vidas. Quando Deus preservou a vida de José do Egito, fazia provisão para a vida do seu povo do qual viria Jesus. E, se diante de José, os joelhos dos seus irmãos e dos egípcios se dobraram, `ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra´ (Filipenses 2.10) É bom lembrar que isso não é sonho. É promessa de Deus.
  

"Os seus filhos e as suas filhas profetizarão, os jovens terão visões, os velhos terão sonhos.”

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Testemunho


Ser testemunha numa delegacia ou num tribunal é contar o que viu, o que presenciou, o que sentiu, ou seja, contar uma história. Por que é que muitos de nós, como cristãos, perdemos a coragem quando somos chamados como testemunhas? Para algumas pessoas, testemunhar significa fazer propaganda de Deus como se Deus fosse a mais nova camera digital ou eletrodoméstico a ser adquirido. Eles testemunham como se estivessem vendendo um produto.

Alguns métodos de testemunho até recomendam ir de porta em porta, tentando convencer estranhos de que precisam de Deus. Muita gente na igreja pensa que isso é testemunhar. O apóstolo João mostra que o papel de uma testemunha é simplesmente contar aos outros que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus. Testemunhas são pessoas que podem falar da sua própria experiência pessoal com Jesus. As pessoas querem ouvir testemunhos que sejam verdadeiros. A mensagem cristã se tornou real na pessoa de Jesus.

Ele foi ouvido, visto e tocado por seus seguidores. Como testemunhas, devemos passar às pessoas a experiência e o relacionamento que temos com Jesus. Devemos contar a nossa história.
Testemunhar Cristo é viver uma vida de amor e serviço como Ele viveu, e contar isso aos outros.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012


Os cristãos geralmente se levam muito a sério. Tentam cultivar um respeito próprio extremo e uma seriedade moral perfeita. É a doença do perfeccionismo! Experimentar uma morte diária em relação ao pecado e o remédio fresco da graça é o melhor tratamento possível para essa doença. Numa contradição que só poderia ser desenhada por Deus, a morte de Jesus e a nossa levam à alegria. A alegria é uma parte fundamental da graça. A alegria caracteriza o ministério de Jesus. Quem recebe a graça é envolvido pela alegria. Robert Hotchkins, da Universidade de Chicago, diz: “Os cristãos deveriam estar celebrando constantemente. Deveriam estar preocupados com festas, celebrações e banquetes”.

A longo prazo, qualquer pessoa ou igreja que experimente a aceitação, o perdão e a vitória sobre a morte em Jesus experimentará uma alegria especial. Fred Craddock escreve: “O bom humor é uma resposta genuína à graça… e a pessoa agradecida reconhece que há sempre uma pequena festança dentro da mente”. Mas essa alegria exuberante não vem através de um sermão, nem através de grupo de amigos e nem de nenhum lugar, a não ser do fundo de nossa alma como resultado natural da graça de Deus.

“O riso é a forma mais próxima da graça de Deus.” Karl Barth

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Seu nome...

 
O ser humano fica boquiaberto diante de um pôr-de-sol, ou de um vulcão que explode em lavas e fogo. Tento imaginar Deus se apresentando ao ser humano em sua majestade, poder e glória. Todos ficariam amedrontados, iriam se curvar diante dele e estariam coagidos a obedecer à sua voz. Mas Deus criou o homem à sua semelhança e não o coagiria a adorá-lo e a servi-lo. Como, então, poderia o Deus Eterno, o Todo-Poderoso, comunicar-se diretamente com o ser humano sem que este perdesse sua identidade e liberdade?

Houve um tempo em que Deus falou de maneira especial com diferentes indivíduos. Chegou a manifestar seu poder no Monte Sinai, mas o povo tremeu de medo diante da voz e dos relâmpagos e pediu a Moisés: "Fala tu mesmo conosco, e ouviremos. Mas que Deus não fale conosco, para que não morramos." (Êxodo 20.18)


Outras formas de revelação foram usadas por Deus, até que desceu à Terra em forma humana. O Deus Eterno é o único Senhor, e, ao agir entre nós, percebemos a nossa limitação humana. Deus é Pai, Filho e Espirito. Jesus é o Filho de Deus, isto é, Deus mesmo entre nós, de uma forma que podemos entender, sem sermos mortos ou coagidos a reverenciá-lo.

A Palavra que tornou-se carne e viveu entre nós. Vimos a sua glória, a glória como do Unigênito vindo do Pai, cheio de graça e de verdade."

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Inimigo

 
Jesus tinha inimigos em toda parte, que tentavam criar ciladas para ele. No entanto, com freqüência, com suas respostas, Jesus os deixava sem ação e palavras.

Mas, desta vez, o oponente era um discípulo leal e amado. Pedro ficou alarmado com a declaração de Jesus de que estava chegando a sua hora de morrer. Pedro, não aceitando o destino que esperava seu mestre, pediu a Jesus garantia de que isso não aconteceria. As intenções de Pedro eram nobres, ele queria sinceramente poupar Jesus do sofrimento. Entretanto, às vezes, boas intenções podem ser destrutivas. Diz o ditado que a estrada para o inferno está cheia de boas intenções…

Então Jesus chamou Pedro de "Satanás". Que expressão forte! Como uma amizade poderia sobreviver a tal "ofensa"? Mas, qualquer comparação mais branda não descreveria o que estava acontecendo ali. Mesmo sem perceber, Pedro estava sendo usado por Satanás para tentar Jesus a desviar-se da sua missão. A sempre mesma mentira de Satanás é que a vida só é feliz e verdadeira quando vivemos pensando em nós mesmos. A verdade de Deus, porém, é que nós vivemos de verdade quando nos entregamos em amor aos outros. Devemos negar a nós mesmos. Se Jesus ouvisse Pedro, Ele não cumpriria sua missão salvadora, exatamente como queria o "homicida desde o princípio".

Fazemos o papel de Satanás todas as vezes que bloqueamos o caminho da vontade de Deus.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

 
Jesus é a porta da salvação. Porta que se abre para o reencontro do ser humano com o Deus Eterno. Mas como alguém confuso, perdido, cansado e machucado por dentro, pode encontrar essa Porta? Jesus é a Porta e o Caminho também. Jesus é a estrada pela qual homens, mulheres e crianças encontram a direção para seus passos.

Se Jesus é a Porta por onde entramos e encontramos fartura de vida, compreendemos que vida é liberdade, segurança e sustento. Da mesma forma, se Jesus é o Caminho, Ele não Se limita a nos conduzir até a Porta. O Caminho mostra o rumo, a direção, os objetivos que temos na vida. Não é uma luta interior da nossa consciência se estamos ou não agradando a Deus. Não é uma preocupação constante se vivemos ou não dentro da vontade de Deus, se erramos o caminho, se paramos “encantado com as flores da beira da estrada”. 

A questão é uma só: ou estamos no Caminho ou não estamos. Se estamos no Caminho, o rumo já foi definido, sabemos no nosso interior a direção e o que nos espera. Não há placas a serem seguidas, nem avisos aos motoristas ou pedestres e, muito menos, quebra-molas.
Jesus é o princípio, o meio e o fim.