sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Basta a minha graça!


...foi me dado um espinho na carne, um anjo de Satanás para me espancar[...] Por esse motivo, três vezes pedi ao Senhor que o afastasse de mim. Ele, porém, me respondeu: "Para você basta a minha graça, pois é na fraqueza que a força manifesta todo o seu poder". 2 Coríntios 12.7-10
Há algum tempo fui acometido de um problema no meu pé que me causa, diária e continuamente, uma dor intensa em forma de formigamento e queimação, a que os médicos chamam de "dor neuropática", de tratamento difícil e, em geral, só amenizada com uso de medicamentos. Um dia, caminhando pelo Horto Florestal, senti me desalentado por estar sentindo tal dor e por essa situação sem solução aparente; sentei-me numa pedra, num local silencioso, e perguntei a Deus o porquê dessa doença crônica. Não ouvi sua voz, mas, à minha mente veio, de relance, a passagem da carta de Paulo aos Coríntios. Nessa carta ele referia-se a um "espinho na carne, a um anjo de Satanás que o espancava", que, "três vezes tinha pedido ao Senhor que afastasse essa situação de sua vida". Mas, qual tinha sido a resposta de Deus? "Para você, basta a minha graça!" Continuo a sentir esse incômodo; continuo a pedir a Jesus a cura, pois Ele mesmo nos aconselha que se peça, que se bata à porta, que se importune... Mas nunca deixo de pensar que, de um modo ou de outro, sua Graça acompanha-me e que, na minha doença, Ele deve estar manifestando o seu poder.
Mesmo quando não conseguimos ouvir, Deus nos fala de alguma maneira.
Oremos pelas pessoas com doenças crônicas e terminais.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Convivência



Se alguém afirmar: “Eu amo a Deus”, mas odiar seu irmão, é mentiroso, pois quem não ama seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê (1 Jo 4.20).

Você conhece a Fábula do Porco-espinho? Ela diz o seguinte: “Durante a Era Glacial, muitos animais morriam por causa do frio. Os porcos-espinhos, percebendo a situação, resolveram se juntar em grupos. Assim se agasalhavam e se protegiam mutuamente, mas os espinhos de cada um feriam os companheiros mais próximos, justamente os que ofereciam mais calor. Por isso, decidiram se afastar uns dos outros e voltaram a morrer congelados. Então precisavam fazer uma escolha: ou desapareceriam da Terra ou aceitavam os espinhos dos companheiros. Com sabedoria, decidiram voltar a ficar juntos. Aprenderam, assim, a conviver com as pequenas feridas que a relação com uma pessoa muito próxima podia causar, já que o mais importante era o calor do outro. Dessa forma, puderam sobreviver.”
Realmente, conviver com outras pessoas, às vezes, pode-nos causar problemas, mas a Bíblia diz que devemos fazer tudo o que for possível da nossa parte para viver em paz com todos. Podemos alcançar isso quando tratamos as pessoas com humildade, demonstrando amor sincero. Buscando praticar o que é bom, sendo hospitaleiro, sabendo dividir o que possuímos. Se alguém nos persegue, no lugar de praticar a vingança devemos orar por esta pessoa, pedindo a bênção de Deus sobre a vida dela. Precisamos ter uma vida de confiança em Deus sabendo que a ele pertence a vingança e o julgamento. Não devemos fazer a justiça com as nossas próprias mãos.
Por mais que seja difícil a convivência, seja em casa, no trabalho ou na igreja, não podemos viver isoladamente. Temos que aprender a conviver com os espinhos dos relacionamentos, sabendo que com amor podemos entender melhor as pessoas com quem convivemos. Vamos perceber que quando tratamos os outros com amor e humildade, somos também tratados de melhor forma até por pessoas que considerávamos impossíveis de conviver.

O mal só pode ser vencido com o bem.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Consola meu povo


Consolai, consolai o meu povo, diz o vosso Deus. Isaías 40.1
Enquanto passeava com meu cachorro numa noite gelada de dezembro, minhas botas guinchavam sobre a neve. Ao aproximar-me do cemitério de nossa aldeia, tive a impressão de ver um suave brilho de luzes à distância. Enquanto descia cuidadosamente o pequeno declive em direção ao brilho, a neve chegava quase ao topo de minhas botas. Junto ao túmulo de um homem, recentemente falecido, havia uma pequena árvore de Natal, decorada com luzes natalinas brancas. Imaginei sua viúva lembrando-se de natais passados enquanto colocava aquela árvore junto a seu túmulo. Não pude deixar de pensar no contraste entre minha casa, transbordando de expectativa natalina, e aquela família, com uma cadeira vazia à mesa. Esta estação de conforto e alegria também pode ser um tempo de tristeza e sofrimento. Ao celebrarmos o nascimento de Jesus, lembramos que Cristo veio para trazer consolo aos quebrantados e esperança aos solitários. Aquelas luzes de Natal lembraram-me de estar especialmente atenta às pessoas que precisam do amor e da compaixão de Deus.
Oremos por alguém que esteja de luto nesta estação de alegria.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Naturezas





Pois a carne deseja o que é contrário ao Espírito; e o Espírito, o que é contrário à carne. Eles estão em conflito um com o outro, de modo que vocês não fazem o que desejam (Gl 5.17).

Um pescador esquimó vinha cada sábado à tarde à cidade. Sempre trazia consigo seus dois cachorros, um branco e um preto. Ele os tinha ensinado a lutar quando ele ordenasse. Cada sábado, na praça da cidade, o povo se ajuntava e o pescador fazia apostas, enquanto os dois cachorros brigavam. Às vezes ganhava o cachorro branco, às vezes o preto – mas o pescador sempre ganhava as apostas! Seus amigos começaram a perguntar-lhe como ele fazia isto. Ele disse: – Eu deixo um passar fome durante a semana, e só dou comida para o que eu quero que ganhe. O cachorro que está bem alimentado ganha, porque está mais forte.

Esta história ilustra muito bem o conflito entre os desejos da carne e do Espírito que vivemos interiormente. A vitória desta batalha será daquele desejo que for mais bem alimentado. Se vivermos buscando as coisas do Espírito, os desejos da carne não vão dirigir nossa vida. Mas se constantemente cedermos a esses maus desejos, eles vão nos dominar. Precisamos seguir o conselho de Paulo que diz, em nosso texto base, que devemos nos despir daquilo que é pecado e corrompe nossa vida, renovando nosso modo de pensar de forma cristã, nos revestindo do novo homem conforme a semelhança de Deus e sua santidade. Quanto mais andamos no Espírito fazendo o que agrada a Deus mais nos afastamos dos desejos e práticas do que é mal. Quanto mais buscamos as qualidades de Jesus mais vamos deixando de buscar satisfazer aos desejos da nossa natureza humana.

Nesta batalha contamos com o auxílio do Espírito Santo. Ele age em nós nos dando sabedoria para discernir o que é bom e mal e,, principalmente, nos dando força e poder para lutar e vencer. Viver no Espírito é uma decisão que não pode esperar. Ou vivemos no Espírito ou caminhamos para a morte nos desejos da carne.

Seja vitorioso, alimente-se da verdade.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Revestidos por Cristo



Acima de tudo isto, porém, esteja o amor, que é o vínculo da perfeição. Colossenses 3.14
Minha neta adora escolher as roupas que vai usar a cada dia. Ela faz-me lembrar de como uma amiga e eu costumávamos ir às lojas apenas para ver os novos modelos e experimentar algumas peças. Nós não tínhamos dinheiro para comprar nada, e as vendedoras sabiam disso. No entanto, elas compreendiam nossos sentimentos e nos permitiam fazer nosso jogo do vestir. Sempre que experimentávamos uma roupa nova e nos olhávamos no espelho, sentíamos como se estivéssemos olhando para alguém do outro mundo. Quão rápido nos transformávamos! Mesmo então nós compreendíamos o quanto as roupas podem dizer de uma pessoa. Muitos anos se passaram desde então. Em 7 de outubro de 1985, eu aceitei a Cristo como meu Salvador. Adquiri uma nova vida e tornei-me uma pessoa diferente. Hoje, eu compreendo que nossa melhor roupa, e a mais importante, é a espiritual: "Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade" (Colossenses 3.12). Essa veste transforma toda a nossa vida e tudo que existe dentro de nós. A roupa que Deus quer que vistamos é a da pureza, da modéstia, da humildade e, acima de tudo, do amor. Essa veste espiritual nunca se rasga; na verdade, ela fica cada dia mais bela quando honramos Aquele que a deu a nós.
Nós nunca estamos inteiramente vestidos até que vistamos o amor.
Oremos pelos novos cristãos e cristãs.