sábado, 8 de março de 2008

Mulher virtuosa

Uma pequena homenagem de todo coração!

quinta-feira, 6 de março de 2008

TEMA A DEUS


O temor do Senhor é o principio da sabedoria; revelam prudencia todos os que ao praticam. Salmo 111.10

"Tema a Deus" eram as palavras em um adesivo no pára-choque de um carro a minha frente. Tive que controlar a velocidade e a vontade de saltar do meu carro e, por cima da palavra "Tema", escrever "Ame". "Não! Isso não esta certo. Devemos amar a Deus", quase gritei. A Biblia diz para amar a Deus com todo o nosso coração, alma e força, como Moisés disse aos israelitas em Deuteronômio 6.5 e como Cristo lembrou aos fariseus quando eles O questionaram sobre o maior dos mandamentos, "Amaras o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu pensamento". Até a Carta de João esta repleta de referencias a esse amor abrangente. Certamente Deus não quer que O sirvamos ou que fujamos dEle por medo, pensei.

Mas as Escrituras e a razão também me dizem que conforme cresço em meu amor a Deus há um "Temor" que Ele exige de mim: um temor que significa respeito e reverência pelo meu Criador. Sei que, se amar a Deus sem reservas, vou querer segui-lo avidamente, com respeito e reverência. Mas o amor deve vir primeiro. Como Deuteronômio 6.9 nos diz: "E as escreverás nos umbrais de tua casa, e nas tuas portas". E no meu caso, até num adesivo de carro!

Deus amado, ajua-nos a mostrar as pessoas que o amor por Ti é o principio de uma relação mais profunda conTigo em Nome de Jesus. Amem.

Que cada um de meus dias seja uma benção de amor a alguem com quem eu me encontre.

quarta-feira, 5 de março de 2008

Perdão!


O perdão é, basicamente, a dispensa do pagamento de uma dívida. Esse é o sentido mais natural e aplica-se no caso em que o devedor não tem como pagar e depende da misericórdia do credor. Logo, o perdão significa que não haverá mais cobrança, nem castigo. A Bíblia estende essa idéia para os pecados, as ofensas, como sendo também dívidas.

Nossos pecados contra Deus ou contra outras pessoas, são dívidas espirituais que deveriam ser pagas. O pecado é tudo aquilo que prejudica, ou seja, causa prejuízos de vários tipos (morais, físicos, espirituais, materiais). Seria então necessário reparar esse prejuízo, ou compensá-lo de alguma forma. Aí está a idéia da dívida. Mas, como poderíamos pagar nossa divida diante de Deus? Somos devedores que não têm como pagar. A nossa salvação é que alguém pagou nossa dívida (Colossenses 2.13-14). A morte de Jesus teve exatamente esse objetivo. Como o pecado poderia ser pago? Pela morte do pecador. Porém, Jesus se colocou no lugar dos pecadores e morreu no lugar deles. O que nos resta fazer então? Nada de tentar compensar os pecados através de boas obras, (embora elas devam ser praticadas por outros motivos). Nada de auto-flagelo e penitências. Estaríamos, assim, desprezando a obra de Jesus. O que precisamos é :

1) Reconhecer os nossos pecados.

2) Arrepender. Arrependimento é mudança de rumo. É uma decisão de passar a agir diferente.

3) Confessar os pecados (I João 1.9).

4) Pedir o perdão divino.

Se Deus, tão graciosamente, nos perdoou, devemos também perdoar aqueles que nos ofendem. Se não perdoarmos, também Deus não nos perdoará (Mateus 6.12,14,15). Se Deus é bom para conosco, não podemos ser maus para os nossos irmãos e nem para os nossos inimigos (Mateus 18.15-34 Mateus 5.44-45). Pedro perguntou quantas vezes por dia ele deveria perdoar ao seu irmão. Jesus disse: "setenta vezes sete". Vemos então que não devemos ECONOMIZAR o perdão. A ausência do perdão, a mágoa, o ressentimento, fazem mais mal ao ressentido do que ao que pecou. Manter a mágoa no coração é como segurar uma brasa na mão. O estrago pode ser grande. A falta de perdão, o ódio, pode causar até doenças. Por outro lado, a pessoa que não foi perdoada, fica, de alguma forma, presa espiritualmente.

Como dissemos, não temos como pagar nossa dívida para com Deus. Entretanto, se o nosso pecado contra o irmão envolver um prejuízo material, devemos ressarci-lo, pagar o prejuízo, se isso for possível (Lucas 19.8 Êxodo 22.1). E, assim como pedimos perdão a Deus, devemos também pedir às pessoas ofendidas. Se, porém, o ofendido já tiver falecido, isso não será impedimento para que Deus nos perdoe, desde que haja arrependimento. (Exemplo: Davi e Urias).

Muitas vezes, pode parecer difícil perdoar. O sentimento é difícil de ser controlado, principalmente em caso de pecados graves, em caso de crimes. Porém, o mais importante é a nossa VONTADE e não o nosso sentimento. Reconhecendo que devemos perdoar, devemos orar dizendo : "Senhor, eu perdôo aquela pessoa, em nome de Jesus". Os sentimentos podem não corresponder no momento, mas isso é uma decisão e não uma emoção. Precisamos declarar o perdão. Se perdoarmos em uma atitude de decisão, com o tempo os sentimentos encontrarão os seus devidos lugares.

segunda-feira, 3 de março de 2008

Amor e trabalho social - Semear com sabedoria


"O semeador saiu a semear..." (Mt.13.3) Muitos semeadores têm lançado a semente, que é a palavra de Deus (Lc.8.11; I Pd.1.23). A igreja se empenha por levá-la aos perdidos. Queremos que todos a recebam de bom grado, acolhendo em seus corações a celestial mensagem.

Mas muitos são os que a rejeitam. Nossos familiares, nossos amigos, nossos colegas ou vizinhos, muitos não querem ouvir o que temos a dizer sobre Deus ou sobre a pessoa de Jesus Cristo.

Da mesma forma, se pararmos em uma esquina qualquer para distribuirmos sementes, poucos aceitarão e, entre os que aceitarem, a maioria provavelmente irá lançá-las ao lixo (ou na rua mesmo).

O que Deus fez para que a semente se tornasse atraente? Criou o fruto.

"E disse Deus: Produza a terra relva, ervas que dêem semente, e árvores frutíferas que, segundo as suas espécies, dêem fruto que tenha em si a sua semente, sobre a terra. E assim foi." (Gn.1.11).

O fruto é a embalagem atraente e útil para a semente. É o seu veículo eficiente.

Se distribuirmos frutos, então a aceitação será muito maior, e assim estaremos também distribuindo sementes. Da mesma forma, quando produzimos o fruto do Espírito em nossas vidas, estamos distruibuindo a mensagem de Deus embutida em nossas ações, reações, gestos, palavras e atitudes. "O fruto do Espírito é amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão e domínio próprio." (Gálatas 5.22-23).

Esse fruto é irrecusável. Quem não quer ser tratado com amor? Afinal, o amor é a essência do fruto do Espírito. É a essência do próprio Deus. Desse modo estaremos plantando a semente de maneira eficaz. Por exemplo, Pedro disse que as mulheres cristãs poderiam ganhar seus maridos através de seu procedimento e de uma vida pura, sem a necessidade de usarem palavras. (I Pd.3.1-2). É o fruto transmitindo a semente.

Como podemos alcançar os miseráveis, os marginalizados, os famintos ou os excluídos? Levando-lhes uma pregação? Dando-lhes uma bíblia? Tudo isso é maravilhoso e pode dar resultados, mas creio que o melhor caminho começa pela demonstração de amor. Não é declarar o amor. É demonstrá-lo através de atos. Entra aqui o valor da obra social, seja como iniciativa individual ou comunitária.

A igreja precisa distribuir frutos e não apenas sementes. O fruto é o amor, apresentado na forma que atende à necessidade do próximo. É a atenção, o carinho, o afeto. É o alimento, o abrigo, a roupa, o emprego, a educação, o tratamento de saúde. Isso nos faz lembrar o papel do Estado e esse pensamento pode ser uma forma de escape. Queremos nos omitir diante da responsabilidade. É verdade que o Estado precisa assumir e desempenhar bem a sua missão. Contudo, nem sempre o faz. Fica então uma lacuna, às vezes um grande abismo, que se apresenta como uma oportunidade para a igreja. E será que ela, ou melhor nós, temos cumprido nossa missão? E, se nós não fazemos, outros fazem esse trabalho e ao mesmo tempo levam uma semente maligna que conduz as pessoas à idolatria e ao satanismo. Enquanto os homens justos dormem, o inimigo semeia o joio (Mt.13.25).

Jesus atuou onde havia necessidades, embora ele não fosse o culpado por aquilo nem originalmente responsável pela solução. Por exemplo, quando o vinho acabou e Maria foi avisá-lo, ele poderia dizer: "Isso é problema do noivo. Eu não estou casando, não sou noivo, não sou fabricante de vinho, e me dá licença que eu já vou embora."

Em outro episódio, precisamos verificar o que o Mestre fez: quando viu a multidão faminta, ele não mandou que aquelas pessoas fossem procurar Herodes, Pilatos ou César. Ele disse aos discípulos: "dai-lhes vós de comer." Em seguida, ele mesmo multiplicou os pães e os peixes e alimentou a todos. Os discípulos distribuíram o pão e o peixe que Jesus lhes entregou. Quanto nos tem sido entregue? Temos distribuído, ou apenas guardado para comer depois? Também é verdade que ele não se tornou provedor permanente daqueles cinco mil homens. A igreja precisa socorrer aos que estão em situação de emergência, principalmente aos irmãos na fé (Gálatas 6.10). Depois, deveria ensinar-lhes um meio de conseguirem seu próprio sustento. Cursos profissionalizantes gratuitos para os desempregados seria uma iniciativa preciosa que as igrejas deviam implementar, aumentando assim suas chances de conseguirem emprego.

Como indivíduos, podemos fazer pouco, mas devemos fazê-lo, cada um dentro de suas possibilidades. Como igreja podemos fazer muito mais. A bíblia não nos ensina a sustentar os preguiçosos, mas sim àqueles que, temporária ou permanentemente não têm como se sustentar. Os melhores exemplos são os órfãos e as viúvas, cujo cuidado foi considerado por Tiago como a verdadeira religião (Tg.1.27). A obra social é uma frente de trabalho que a igreja não pode negligenciar.

O fruto garante o transporte da semente. Aquela planta ou árvore passa a se propagar devido ao sabor do seu fruto. Se o nosso trabalho não cresce nem expande seus horizontes, pode ser que isso seja evidência da falta de fruto. Que Deus nos ajude para que, a cada dia, tenhamos o fruto certo para entregar a quem de nós se aproximar. Que o Senhor faça germinar a divina semente em cada coração, pois isso, só ele pode fazer.