quinta-feira, 30 de abril de 2009

A presença confortadora de Deus



Não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo. Salmo 23.4

Meu querido marido, de 49 anos, estava na UTI, impotente, cercado por um emaranhado de tubos e aparelhos. Apenas uma semana antes, depois da igreja, ele havia chegado junto a mim, colocado seu braço ao meu redor e dito: "Venha, minha namorada. Vamos para casa". Namorada? Dois "maduros" como nós? Mas ele era tudo para mim. Agora eu nada mais podia fazer senão segurar sua mão. Estava tomada pela dor e com medo de ficar sozinha. Não conseguia orar; meu desespero era grande demais. Para evitar entrar em pânico, comecei a repetir as palavras do Salmo 23: "O Senhor é o meu pastor; nada me faltará [...] Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo" (versículos 1 a 4). Repeti essas palavras muitas e muitas vezes. Mais tarde naquele dia, após sua morte, entrei em casa sozinha. Ao fazer isso, uma sensação cálida e suave pousou sobre meus ombros como um xale macio. A presença de Deus rodeou-me. Como disse o salmista, "o teu bordão e o teu cajado me consolam" (Salmo 23.4). Tive certeza de que o Senhor estava comigo em meio à dor e à solidão de minha perda. Hoje, seis anos depois, conto as bênçãos frequentemente, e a presença confortadora de Deus está no topo da lista. "Bondade e misericórdia certamente me seguirão" (Salmo 23.6).
A palavra de Deus é um conforto e uma promessa.
Oremos pelos casais.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

De um "manequim"



Assim diz o Senhor: Ponde-vos à margem no caminho e vede, perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho; andai por ele e achareis descanso para as vossas almas. Jeremias 6.16
Estava em uma grande loja de departamentos, procurando um artigo que não conseguia encontrar. Vi, em pé, junto a um balcão, o que parecia ser um funcionário da loja. Aproximei-me dele e lhe disse: "Com licença..." Descobri que estava falando com um manequim. Senti-me um bobo e torci para que ninguém tivesse me visto. Quem fabricou aquele manequim havia feito um trabalho excelente e dado-lhe um ar verdadeiro, mas o manequim nunca poderia me ajudar. Quantos de nós, no mundo, buscamos orientação em coisas que não são reais? Podemos acreditar que a verdadeira felicidade vem da posse de certos bens ou da riqueza e da beleza física. Podemos seguir falsos líderes religiosos. Podemos prejudicar nosso corpo com drogas e álcool. A todo momento, o Deus verdadeiro está próximo, chamando-nos e assinalando o caminho verdadeiro. Não precisamos depender de "manequins", porque temos o Deus vivo que pode nos prover do que nos falta. Ele pede-nos para ler a Bíblia e estudá-la, confiante de que ela provará, por si mesma, ser uma verdadeira fonte de conhecimento e orientação.
Em que coisas materiais tenho me apoiado?
Oremos pelas pessoas prisioneiras de bens, riquezas ou beleza física.

terça-feira, 28 de abril de 2009

Um beijo inesquecível



Antes sedes uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus em Cristo vos perdoou. Efésios 4.32
Este beijo aconteceu há muitos anos, bem na porta da minha sala de jantar, mas a minha memória ainda o retém. Ainda o sinto. Terno, suave, cálido, sedoso, franco, sem reservas ou medo. Transparente e puro. Um beijo assim jamais poderia ser esquecido. Com ele, minha esposa me amou profundamente. Esse foi o beijo do perdão. As dores, as mágoas, os ressentimentos acumulados por pequenos problemas não resolvidos e pela rotina de um casamento morno foram curados pelo perdão. Perdão dado por Cristo e por nós compartilhado. Perdão selado com um doce beijo inesquecível e com um "Eu te amo, eu te perdoo" sem palavras, que falou profundamente à nossa alma e ainda ecoa vivo em nossa mente. O bálsamo do perdão reviveu a alegria em nosso lar, trouxe de volta o sorriso e as amabilidades em nosso casamento. Deixou sem cicatrizes feridas amargas. Fez renascer as delícias do namoro e da lua de mel. Agora, os dias são mais azuis; as arvores, mais verdes; o alimento, mais gostoso; as palavras, mais doces; os gestos, mais ternos. O amor mais maduro e o perdão são sempre constantes em nossa vida. Louvado seja o Senhor, que nos perdoou em Cristo!
Assim como, sem perdão, é impossível ter comunhão com Deus, igualmente é impossível, sem perdão, ter comunhão com o cônjuge.

Oremos para que todas as dores e ofensas, pequenas e grandes, causadas no convívio diário no casamento e na família sejam curadas pelo perdão, dado por Cristo e compartilhado pelos que se amam.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Ansiando pela paz de Deus


Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faz a tua oferta. Mateus 5.23-24

Uma pessoa da família e eu estávamos tentando encontrar uma solução pacífica para um antigo conflito entre nós. Quando conversamos, pedi a ela que me perdoasse. Ela se recusou, dizendo que não me perdoaria, mas que talvez pudéssemos seguir em frente e nunca mais voltar a pensar naquele problema. Bem no fundo do meu coração, sabia que ela continuaria a deixar que o acontecido anos atrás a corroesse, e isso entristecia-me. Sem saber ao certo o que fazer em seguida, pedi orientação ao Senhor. Falando-me ao coração, Deus disse: "Ore para que ela deseje a minha paz". Essas palavras de Deus têm me vindo à cabeça muitas vezes desde então. Todos nós temos conflitos, mas nem todos ficam amargos. Olho para tantos exemplos, em minha própria vida, de pessoas bondosas e amorosas que, como José, perdoaram quem as magoou. Como José, elas suportaram muitos sofrimentos, mas não deixaram que as circunstâncias de sua vida as destruíssem. Em vez disso, elas vivenciaram a paz que acompanha o perdão.
Com quem preciso buscar a reconciliação?

Oremos pelos membros de famílias que estão em conflito.