sexta-feira, 2 de outubro de 2009

O guia devocional diário



Tragada foi a morte pela vitória. 1 Coríntios 15.54
É quinta-feira de manhã. Paro e olho. A cama está vazia. Tudo o que resta é uma simples estrutura de metal, sem colchão, lençóis e travesseiros. A verdade nua e crua é: minha mãe, que passou quase cinco anos nessa cama, morreu. Olho para ela vazia. Então, meus olhos se movem para a mesinha de cabeceira. O exemplar do devocional de minha mãe está sobre sua Bíblia; um oportuno lembrete do poder curador do tempo passado com Deus todos os dias. Deixo o quarto para tomar as providências para o funeral. Alguns dias depois, volto para partilhar os momentos do ofício fúnebre com Paula e Joy, as duas companheiras de quarto de mamãe, também acamadas. Para minha surpresa, outra pessoa ocupa a cama de minha mãe. Ela sorri para mim, "Eu tenho lido este livrinho desde que cheguei aqui, na sexta-feira", diz ela. "Ele ajuda-me muito a cada dia." Ao partir, reflito: Depois de fazer esta viagem durante 5 anos, a cada 15 dias, não preciso mais voltar aqui. Mas, talvez venha. De que outro modo os ocupantes daquela cama receberão seus exemplares do devocional? A morte não é o fim, nem para minha mãe, nem para mim. É simplesmente o começo de uma nova jornada, um novo desafio. Mais um dia servindo ao Senhor.

A morte não é o fim é apenas um novo começo.
Oremos pelos funcionários e funcionárias das casas de repouso.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Vinde às águas



Ah! Todos vós os que tendes sede, vinde às águas. Isaías 55.1
Chove pouco na Ilha Canária de Lanzarote, a 90 km da costa do Marrocos, nossa terra. A água é preciosa, já que vem do mar e precisa ser dessalinizada para o nosso uso. Em consequência disso, a ilha tem um aspecto desértico. Isso torna o cuidado e a rega das plantas sedentas de nosso pequeno jardim ainda mais importantes para mim. Assim como o jardim, nós, ilhéus, frequentemente temos sede e precisamos beber muita água. Ela é muito importante também na história da samaritana à beira do poço. Ali, Jesus diz a ela e a nós que Ele pode satisfazer nossa sede espiritual. Ele pode nos refrescar com a água viva da fonte eterna. Que benção que é quando estamos sedentos espiritualmente! Quando nos sentimos sedentos e improdutivos, Cristo estende Seus braços para nos receber com uma fonte de bênçãos. Sua água viva abundante refrigera nossa alma. Não precisamos esperar até ficarmos "secos", sem vida; podemos buscar a Cristo para sermos saciados.

A Água Viva pode matar a nossa sede.

Oremos para nos colocarmos disponíveis ao serviço de Cristo.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Mensagem da vida


Ensina-nos a contar os nossos dias, para que alcancemos corações sábios. Salmo 90.12
Aqui estamos nós, cristãos idosos, caminhando pela estrada da vida, vindos das passadas décadas de 1940, 1930, 1920, etc. Cada dia é recordar, um longo trajeto salpicado de passagens tristes e alegres, sempre alternadas, traçadas pelo imprevisível viver, que jamais nos fez imaginar que um futuro distante estivesse tão perto. Nosso tempo passou como passam os ventos, surpreendentemente velozes. Às vezes aprendendo, com o nosso coração no meio da tempestade; outras vezes, acariciando nossa alma, como aragem agradável. E, assim, passou, simplesmente passou, nos deixando marcas atrozes, outras vezes lembranças inesquecíveis, que não se abateram porque foram talhadas por Deus, pelo tempo da idade. São roupagem obrigatória de uso nos dias de hoje; não nos encantam, mas são impecáveis, porque a divina providência as dirige e as fortalece. Por isso, jovens, quando entrarem no templo da terceira idade e nos virem assim, vestidos nestas vestimentas diferentes, não se espantem, pois isso não passa de uma capa disfarçada, que cobre somente a carne, mas que não esconde nosso espírito convertido ao Senhor, que não esconde a felicidade de servi-lO ainda que velhos pela estrada da vida e pela felicidade que apenas Ele sabe nos dar. Felicidade de estarmos reunidos, sempre juntos e tão contentes, como um bando de crianças amadas e respeitadas pelos nossos familiares.

Servir a Deus não tem limite de idade!
Oremos para que os idosos tenham uma vida menos solitária e com mais qualidade.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

O tempo de Deus




Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele, e o mais ele fará. Salmo 37.5
Um dia, aprendi uma importante lição sobre a confecção de um bolo. Depois de misturar todos os ingredientes, despejei a massa na assadeira e a coloquei no forno. Depois de 40 minutos, o bolo cheirava tão bem que não pude evitar olhar pelo vidro do forno. Vi que ele tinha crescido e parecia pronto. Então desliguei o forno e tirei o bolo. Chamei minha mãe, mostrei-lhe o bolo e pedi que o provasse. Mas, quando ela o cortou, percebeu que a parte central não estava completamente assada. Ela disse que eu deveria ter deixado o bolo assando por mais cinco minutos. Essa experiência fez-me lembrar do quanto nós somos impacientes quando esperamos a resposta de Deus às nossas orações. Minha impaciência para tirar o bolo do forno é como a nossa atitude para com Deus. Nós frequentemente queremos dEle uma "solução rápida", quando uma resposta apressada pode deixar as coisas piores. Com frequência preciso me lembrar de que Deus é sempre pontual, nem atrasado nem adiantado demais para ajudar. Podemos confiar que Ele quer o melhor para nós e que acabaremos por ver a Sua glória.
O tempo de Deus é diferente e melhor do que o nosso.
Oremos por paciência.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Dependência cega


Condoído, Jesus tocou-lhes os olhos, e imediatamente recuperaram a vista e o foram seguindo. Mateus 20.34
No verão passado, enquanto participava de um treinamento para conselheiros de acampamento, tive de fazer, com os olhos vendados, uma escalada na rocha. A simples altura já me aterrorizava, mas a ideia de tentar subir sem conseguir enxergar deixava meu estômago rígido como cimento. Estava desesperada e totalmente dependente dos outros. Escorreguei. Estendendo a mão, não conseguia alcançar a próxima garra. Pendurada ao lado do despenhadeiro, não me importava que as pessoas soubessem que estava vulnerável e que não conseguia dar conta sozinha. Estava a ponto de cair. Então, ouvi a voz profunda e confiante de meu colega atravessando meu medo e dando-me as orientações de que precisava para encontrar a garra. Assim como na minha situação, a única coisa que os dois cegos na estrada para Jericó conseguiam enxergar era o seu problema, sua impotência. Desesperados, apenas gritavam mais alto quando a multidão tentava aquietá-los. Assim como precisei abafar tudo menos a voz de meu colega, os cegos tiveram de se concentrar em Jesus e não permitir que as vozes condenatórias ou seu estado de impotência os detivessem. Quando os cegos ignoraram a multidão e se concentraram em Jesus, Ele ouviu e respondeu. Quando se voltaram para Ele em total vulnerabilidade, permitiram que Deus agisse. Do mesmo modo, quando clamarmos em meio à nossa necessidade, Deus ouvirá e responderá ao nosso clamor, assim como Jesus Se aproximou dos cegos à beira da estrada.
Em que situação eu clamo pela ajuda de Deus?
Oremos pelas pessoas que estão em treinamento no trabalho.