sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

De coração para coração



Confiai nele, ó povo, em todo tempo; derramai perante ele o vosso coração; Deus é o nosso refúgio. Salmo 62.8
Comecei a orar no dia em que meu pai me disse que estava indo embora e nunca mais voltaria para casa. Eu tinha oito anos e fiquei arrasado. Naquela noite, iniciei um ritual noturno que durou muitos meses. Eu subia na cama de cima do beliche, puxava as cobertas sobre minha cabeça e sussurrava: "Deus, por favor, traga meu papai para casa". Você já ouviu crianças orarem? Elas não tentam impressionar Deus com um discurso elegante ou com aspecto de santidade. Para as crianças, a oração é uma conversa direta com Deus, que ouve e Se preocupa. Ao crescermos, muitos de nós perdemos a simplicidade da oração. Nós a transformamos em uma rotina diária automática. Mas a oração, em sua forma mais pura, ocorre quando os filhos e filhas de Deus, não importa quão jovens ou velhos, derramam seus corações a um Pai celestial que está sempre ouvindo. Nós podemos clamar a Deus na noite dos nossos temores. Deus ouve os sussurros mais abafados de nosso coração. Deus é nosso Pai. Quando a escuridão nos envolve, Ele nos convida a puxar as cobertas e derramar nosso coração. Eu aprendi que Deus nem sempre responde a nossas orações do modo como gostaríamos. Meu pai nunca voltou para casa. Mas, debaixo das cobertas, em muitas noites de pranto, aprendi a clamar Àquele a quem a Bíblia chama de Abba - "Pai". Eu me senti abandonado, mas não só.
Deus está sempre conosco.

Oremos pelas crianças que estão aprendendo a orar.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Vivendo no presente


E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. Romanos 12.2
Com frequência, sinto-me oprimido por sentimentos de inadequação e incerteza, principalmente quando reflito se estou ou não seguindo a vontade de Deus para minha vida. O que eu deveria estar fazendo para o Senhor? Quando deveria fazer isso? Onde? Como? Quando me concentro em minhas dúvidas e temores, sinto-me emocionalmente paralisado. Isso me impede de participar plenamente da vida. Ao refletir sobre Jeremias 29.4-7, atentei para a frase: "Todos os exilados que eu deportei" (v. 4). Ela me fez perceber que eu também estou exilado e que o próprio Senhor me colocou onde estou. Essa associação pessoal me ajudou a me identificar com a passagem bíblica e compreender sua aplicação em minha vida. Hoje, em vez de me preocupar com a dúvida e o medo, tenho certeza de que estou onde Deus quer que eu esteja. Meu chamado é claro: desenvolver relacionamentos pessoais significativos, buscar construir o reino de Deus por meio do testemunho fiel e orar e trabalhar pela prosperidade de minha comunidade.
Quando olharmos e ouvirmos, veremos e escutaremos Deus.

Oremos para tornar clara a vontade de Deus.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Radicalmente seguros por Deus



O Senhor firma os passos do homem bom e no seu caminho se compraz; se cair, não ficará prostrado, porque o Senhor o segura pela mão. Salmo 37.23-24
Nós passamos por várias experiências desafiadoras e difíceis em nossa vida. Recentemente, divorciei-me. Ainda está sendo muito dolorido. Um dos meus quatro irmãos, vendo minha dor, sugeriu que, num feriado de Carnaval, eu passasse por uma experiência desafiadora em uma trilha de arvorismo. Este é considerado um esporte radical, no qual se explora o rapel, a escalada e há muitas trilhas altíssimas. Em muitas delas, há somente um cabo de aço para pôr as mãos e outro para os pés. Iniciei a minha "prova" de sobrevivência. Havia um treinamento para todas as pessoas que se submetem ao arvorismo. São ensinadas normas de conduta de segurança e é executada uma prova de altura. Passada a prova, entramos na trilha, munidos de cintos e cordas, roldanas e um instrumento fundamental para a nossa proteção: o mosquetão, que nos unia aos cabos de aço para prevenir as quedas. Em um dado momento, eu estava suspensa pelas mãos e pés sobre um cabo. Nada mais havia abaixo de mim. Se não fosse o mosquetão, que me unia às roldanas e ao cabo de segurança, eu correria o risco certo de despencar. Assim me sinto em relação a Deus, nossa âncora de segurança nas horas de aflição. Ele nos prende firmemente ao nosso cabo de aço da vida e não nos deixa despencar. Louvado seja o nosso Deus e Pai, pela segurança e amor que nos dá!
Que o dia de hoje seja um desafio para nós.

Oremos pelos bombeiros e bombeiras e pelas equipes de resgate.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Um coração compassivo



Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou. Efésios 4.32
Recentemente, alguns membros de minha igreja manifestaram oposição a uma nova política. Para mim, suas reclamações demonstram imaturidade espiritual e parecem negligenciar importantes princípios espirituais. Embora eu tenha refreado palavras raivosas para evitar conflito, meus pensamentos acerca do problema ainda continham muita raiva. Eu me sentia justificado em meus sentimentos porque, em minha opinião, minha raiva era justa e devota. Esse problema me fez lembrar de Jesus expulsando os cambistas que estavam usando o templo com propósitos impróprios (Veja Marcos 11.15-19.). Normalmente, eu me identificaria com Jesus e Sua raiva justa. Mas, daquela vez, Deus me levou a refletir sobre as tantas vezes em que estive longe de ser respeitável na igreja ou sobre as ocasiões em que servi por razões egoístas, e não devotas. Ao pensar em minhas próprias motivações, eu me dei conta de que, muito embora minha ira por esses membros da igreja seja justificável, não devo julgá-los; eu já estive suficientemente na sua situação para saber que não posso. Em vez de acalentar pensamentos de ira, decidi orar por força e sabedoria para nossos líderes religiosos, para que resolvam a questão pacífica e harmoniosamente.
A oração pode nos libertar da ira e nos levar à paz.
Oremos pelos líderes da Igreja que estão enfrentando conflitos.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Repouso forçado


Porque assim diz o Senhor Deus, o Santo de Israel: Em vos converterdes e em sossegardes, está a vossa salvação; na tranquilidade e na confiança, a vossa força. Isaías 30.15
O cavalo estava correndo rápido demais. Ao tentar controlá-lo, ele pisou em falso à esquerda e balançou sobre os cascos da frente. O movimento brusco me levantou da sela e me jogou para trás. Gritei de dor, certo de ter quebrado alguma coisa. Conseguindo me levantar da sela, fiquei parado, desajeitadamente, no meio da arena de rodeio por alguns momentos. Mais tarde, naquela noite, um raio-X revelou o ferimento - os ligamentos na base da minha pélvis tinham se rompido. Eu precisaria de três a seis meses de descanso e recuperação. Para uma pessoa que gosta de atividade, tal prognóstico era má notícia. Nos dias seguintes, debati-me com sentimentos de desânimo, raiva, frustração e até de inutilidade. Mas a misericórdia de Deus me dominou um dia, enquanto eu chafurdava em autopiedade. De repente, comecei a agradecer a Deus pelas bênçãos infinitas em minha vida. Lágrimas inundaram meus olhos conforme minha lista de bênçãos crescia. Eu tenho muito pelo que ser grato. Deus estava me ensinando muitas coisas por causa da minha condição. Eu estava aprendendo a reduzir meu ritmo e descansar em Cristo. Deus me lembrou de que meu valor não está em nada do que eu possa ou não fazer, mas no sacrifício de Jesus e no bondoso amor de Deus por mim.
Ao morrer por nós, Cristo afirmou que cada um de nós é infinitamente valioso.
Oremos pelas pessoas cujos empregos são perigosos.