sábado, 18 de outubro de 2008

Fora de nossas fronteiras


Jesus lhe disse: Apascenta as minhas ovelhas. João 21.17

Numa tarde de sábado, seis pessoas se encontraram do lado de fora de nossa igreja. Demo-nos as mãos, fizemos uma breve oração e depois nos dirigimos a um abrigo para sem-teto, a fim de servirmos a refeição da noite. Depois de passarmos por um portão de segurança eletrônico, seguimos um funcionário por um corredor escuro até um grande salão com mesas compridas e cadeiras. Os cheiros das comidas feitas recentemente recém-preparadas se misturavam. Uma pilha de bandejas de plástico rígido aguardava para receber os alimentos, que se encontrava em recipientes cobertos com papel alumínio. No pequeno espaço para servir, cada um do nosso grupo vestiu luvas de plástico transparentes e colocou redes sobre os cabelos. As pessoas se reuniram e se enfileiraram ao lado de uma parede distante. Eu estava diante da travessa de purê de batatas, e começamos a servir rapidamente. Ao olhar nos olhos dos sem-teto, vi amor e gratidão. Quando lhes entregava a bandeja, a maioria dizia: "Deus te abençoe." Nunca fui abençoada tantas vezes? Não apenas por palavras, mas por mulheres e homens que talvez compreendam melhor do que eu a dureza da vida. Eles serviram a mim com sua presença.

Nossas vidas podem ser enriquecidas pelas circunstâncias e pelas pessoas que seguiram por trilhas diferentes das nossas. Quando servimos às pessoas que não vivem confortavelmente, nós também somos abençoados.

Quando saímos de nossa rotina para servir aos outros, vemos Deus de novas maneiras.

Oremos pelos/as sem-teto.

Leia João 21.15-19

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

O princípio da madeira flutuante


O homem vê o exterior, porém o SENHOR, o coração. 1 Samuel 16.7

Meu pai e eu estávamos procurando madeira flutuante ao longo da costa irregular do oceano Pacífico, perto de nossa casa. Ele usava a madeira para fazer relógios e mesas. Ansioso por ajudar, corri de uma pilha de madeira a outra, arrastando grandes pedaços. Nenhum deles era o que meu pai estava procurando. Finalmente, depois de uma hora correndo a praia de cima a baixo, meu pai parou para observar uma pilha de entulho retorcido. "Perfeito!", disse ele, levantando uma raiz retorcida. Não pude acreditar no que via. "Por que você foi pegar esse pedaço de lixo velho e sujo?" "Você não pode apenas olhar para o que está vendo agora", disse meu pai. "Precisa ver o que ele pode se tornar." O lindo relógio de madeira pendurado em minha parede me faz lembrar de não julgar pelas aparências, porque Deus não julga assim. Em 1 Samuel, aprendemos que o Senhor não atenta para a aparência externa, mas para o coração. Não é maravilhoso saber que Deus nos vê não apenas pelo que somos, mas pelo que podemos nos tornar?

Onde nós vemos entulho, Deus vê uma futura obra-de-arte.

Oremos pelas pessoas que não se sentem amadas por Deus.

Leia 1 Samuel 16.4-13

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Amar e expressar é preciso!

Faça-me o SENHOR o que bem lhe aprouver, se outra coisa que não seja a morte me separar de ti. Rute 1.17

Sempre que me encontro com uma amiga de minha mãe, ela me abraça demoradamente, derrama algumas lágrimas e, com um tímido sorriso, diz: "Eu gostava muito de sua mãe. Ela era uma grande amiga." Durante os 18 anos que convivi com minha mãe, nunca a vi receber visitas dessa amiga e jamais atendi a um telefonema que ela tivesse feito. A única coisa que sei é que elas trabalharam juntas como professoras lecionaram nas mesmas escolas. O último encontro que tive com essa senhora me fez despertar. Os amores precisam ser expressos; sentimentos necessitam ser mostrados e vividos, ainda em vida. Hoje, não me basta simplesmente saber que meus amigos existem, é necessário tê-los por perto, abraçá-los, fazê-los saber o quanto me é queridos e insubstituíveis. Suas ausências angustiam o meu coração. Vinicius de Moraes sabiamente definiu os amigos como sustentáculos do homem e "indispensáveis ao equilíbrio vital". Amigos irmãos, aqueles que o salmista acredita que surgem nos momentos de angústia e dor.

Talvez você seja meu amigo de fé, de muitas ou poucas jornadas e caminhos.

Um pré-amigo? ou, quem sabe, avesso às novas tecnologias.

Presente ou ausente?

Antenado? ou fora do ar?.

Independentemente de como você for, esteja certo de que está guardado debaixo de sete chaves, no meu coração.


"Em todo tempo ama o amigo, e na angústia se faz o irmão" (Provérbios 17.17).

Oremos para que sempre falemos a linguagem do amor com nossos amigos e amigas

Leia Rute 1-2


quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Tenha misericórdia!

E, ouvindo que era Jesus, o Nazareno, [Bartimeu] pôs-se a clamar: Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim! Marcos 10.47

Kitty, minha gata, tem o hábito de subir no telhado. Quando fica desesperada para descer, ela se aproxima de mim o bastante para que eu, na escada, possa pegá-la e trazê-la rapidamente para o alimento, a água e o abrigo. Sua cooperação depende do tempo em que ficou lá em cima. Se foi apenas uma hora, ela fica distante, fora do meu alcance. Mas, após um dia inteiro no calor ou na chuva, em seu desespero, ela se aproxima prontamente. Um dia, decidi que não iria mais subir no telhado tarde da noite e cortei um galho que dava acesso à parte de cima da casa, para impedir que Kitty subisse até lá. Mas, na noite seguinte, ela estava de novo no telhado, encharcada de chuva. Ao me ver na escada, deu um miado alto e pulou nos meus braços. Eu me dei conta de que nós, às vezes, nos comportamos como Kitty. Deus está sempre tentando nos alcançar quando estamos perdidos, mas, como disse santo Agostinho, Ele "não nos salvará sem o nosso consentimento". Como minha gata, precisamos estar necessitados demais, perdidos demais, humilhados demais para aceitar a misericórdia de que precisamos. Quando admitimos nossa necessidade, vemos a mão do Senhor vindo em nosso socorro. Que possamos reconhecer nossa profunda necessidade da graça de Deus.

Quando estivermos prontos, descobriremos que Deus também está!

Oremos por alguém que não sinta a necessidade de Deus.

Leia Lucas 15.1-7


terça-feira, 14 de outubro de 2008

Ímãs e mensagens

Lâmpada para os meus pés é a tua palavra, e luz para os meus caminhos. Salmo 119.105

Só faltava fazer uma coisa antes de levar embora minha geladeira velha: remover os muitos ímãs e mensagens afixados em sua porta. Os ímãs eram, em sua maioria, lembretes de viagens de férias passadas e também de coisas a serem feitas. Enquanto limpava os ímãs e separava as mensagens, ocorreu-me que, para o cristão, o mundo é como a porta da minha geladeira. Para onde quer que eu olhe, encontro lembretes de Deus, o Criador: um novo botão de rosa, o sorriso de um bebê, uma ação afetuosa, um acolhimento amigável. Cada coisa me faz lembrar o amor e cuidado infalíveis de Deus, que recebi no passado e continuarei a receber no futuro. Ao ler a Bíblia e devocionários , encontro lembretes do amor e da fidelidade de Deus. Descubro que Ele é tão fiel hoje quanto na época em que as Escrituras foram escritas. Deus prometeu enviar um Salvador e cumpriu essa promessa na pessoa de Jesus Cristo. Jesus é nosso lembrete do quanto Deus nos ama.

Lembrar da fidelidade de Deus no passado nos dá esperança para o futuro.

Oremos pelas pessoas que não conhecem o amor de Deus.

Leia o Salmo 136.1-9, 23-26


segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Nada além do sangue

Fruto amargo

Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações, sabendo que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança. Tiago 1.2-3

Um caquizeiro silvestre cresceu na fazenda onde eu morava quando criança. Num verão, minha mãe apontou para ele e disse que retornaríamos no outono para colher as frutas para um pudim. Implorei a ela que me deixasse provar um caqui. "A fruta não é boa senão depois da primeira geada. Você não vai gostar", ela advertiu. Contudo, finalmente se rendeu aos meus pedidos insistentes e deu-me um caqui verde. Ao mordê-lo, um suco amargo escorreu sobre minha língua. Cuspi a fruta, tentando me livrar daquele gosto ruim em que amarrou a minha boca. Quando retornamos, naquele outono, para colher os caquis maduros, minha mãe me ofereceu um para provar. Recusei-o. Só o experimentei quando ela o preparou para o pudim. O sabor estava delicioso. Hoje, sempre que enfrento uma provação, lembro-me do gosto daquele caqui verde. Não sinto alegria quando sou testada, mas minha fé é um grande consolo. Se puder enxergar além das provações e ver o quanto vou crescer a partir delas, poderei ver como até mesmo um fruto amargo pode, no fim das contas, se transformar em algo doce.

As experiências mais amargas da vida podem levar a um fruto doce.

Oremos pelas pessoas que estão vivendo provações amargas.

Leia Mateus 5.1-12

domingo, 12 de outubro de 2008

Apenas ore!

[...] um dos seus discípulos lhe pediu: Senhor, ensina-nos a orar como também João ensinou aos seus discípulos. Lucas 11.1

Quando tinha dois anos, minha mãe se entregou a Cristo. Algum tempo depois, foi a minha vez. Mais tarde, tornei-me pastor. Mesmo assim, me angustiava com uma significativa preocupação espiritual: achava que não sabia orar. Muitas vezes pedi a Deus que me ensinasse a orar, mas não recebia resposta ao meu pedido. Quantas vezes Deus já nos falou e não ouvimos a mensagem? Um domingo, muito recentemente, Deus me respondeu por meio de uma mensagem simples, mas muito iluminadora, dada por Evelyn, uma líder de minha congregação. Ela repetiu um conhecido ditado sobre a oração: "Quando você não puder orar como convém, ore como puder. Mas ore!" Meu fardo começou a se levantar depois que ouvi essas palavras, e me senti mais em paz. Evelyn foi o instrumento usado por Deus para me ajudar em minha preocupação. E tudo aconteceu no tempo de Deus, não no meu.

Confie em Deus e seja paciente; Ele responde às nossas orações.

Oremos pelas pessoas que estão aprendendo a orar.