sexta-feira, 5 de março de 2010

Apenas neblina


Vós não sabeis o que sucederá amanhã. Que é a vossa vida? Sois apenas como neblina que aparece por instante e logo se dissipa. Tiago 4.14
Enquanto preparava meu sermão para a Quarta-Feira de Cinzas, passei um longo tempo pensando em nossa natureza mortal e no quanto nossa vida é como uma neblina que se dissipa, como diz Tiago (4.14). Quando estava próximo do fim do sermão, o telefone tocou. "Você já está sabendo, filho?", perguntou minha mãe, com voz agitada. "O que eu deveria estar sabendo?", perguntei. Minha mãe me disse que meu pai tinha morrido. A primeira coisa que me passou pela cabeça naquele momento foi que não podia ser verdade. Meu pai não era idoso e recentemente havia me falado, entusiasticamente, sobre seus muitos planos para o ano seguinte. Várias horas depois, finalmente aceitei a realidade de que meu pai já não existia. Quando estava escrevendo meu sermão, eu jamais havia considerado a possibilidade de que ele pudesse morrer de repente. Sua morte tornou mais real para mim o fato de nossa mortalidade. Nós realmente não sabemos o que vai acontecer na próxima hora. Nossa vida é uma neblina que pode desvanecer a qualquer momento. A morte de meu pai mudou minha atitude em relação à minha vida e à minha dependência de Deus. Antes disso, eu frequentemente fazia meus próprios planos. Agora, oro todos os dias pedindo a Deus que me ajude a fazer a Sua obra, em vez de viver de acordo com meus próprios planos. Eu hoje sei que não sou o patrão de minha vida. Mas Deus, que é o meu patrão, é sempre fiel e bom.
Por mais que nos sintamos poderosos, nenhum de nós pode se garantir.
Oremos por alguém que tenha perdido seu pai ou mãe recentemente.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Espírito de brandura


Irmãos, se alguém for surpreendido nalguma falta, vós, que sois espirituais, corrigi-o com o espírito de brandura. Gálatas 6.1
Paulo foi informado sobre a rivalidade e o ciúme existentes entre os gálatas. Ele os instruiu a corrigir ?com brandura? os que estavam se desviando, lembrando que agora pertenciam a Cristo e instruindo-os a agir de acordo. Pode ser difícil nos lembrarmos das instruções de Paulo quando vemos cristãos e cristãs agindo de um modo que reprovamos; é mais natural sentir raiva e condenação do que demonstrar sincera aceitação. Mas Cristo perdoou até quem o crucificava. Como não perdoar e compreender quem apenas nos ofendeu? Eu, às vezes, ouço pessoas na igreja reclamando de outras que têm uma perspectiva política diferente da delas. O diálogo poderia trazer cura e compreensão. O amor poderia curar as separações. Melhor que criar muros é dar às outras pessoas o mesmo direito a uma opinião que queremos para nós mesmos. Quando nos recusamos a cair numa perspectiva de ?nós? e ?eles?, temos maior chance de chegarmos à verdade. Jesus deixou dois mandamentos: amar a Deus e amar ao próximo (Veja Mateus 22.37-40.). O amor é mais forte que as opiniões.
Deus nos pede que amemos a todas as pessoas, inclusive aquelas cujas ações e opiniões são completamente opostas às nossas.
Oremos pelas pessoas a quem ofendemos.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Fiel na oração



Um dos seus discípulos lhe pediu: Senhor, ensina-nos a orar. Lucas 11.1
Como pastora, conduzo reuniões de oração semanais e oro pelos doentes e por pessoas com algum tipo de necessidade. A oração me vem naturalmente e tem sido uma parte importante do meu ministério pastoral. Recentemente, ao conduzir uma devocional sobre a oração, percebi que tinha cometido uma série de erros de digitação nas citações que entreguei aos participantes. Embora chateada com meus erros, prossegui com a devocional. Com que frequência somos descuidados com nossa vida de oração como fui com minha digitação? Nós, às vezes, oramos não porque apreciamos orar, mas porque nos pedem ou porque temos de conduzir uma reunião de oração. Às vezes, nos envolvemos tanto com as palavras que usamos (especialmente em público), que a oração se torna apenas uma expressão exterior. Apesar de nossas deficiências, Cristo continua a nos convidar a orar e nos ensina como fazê-lo. Na passagem de hoje, Jesus nos ensina, dizendo: ?Quando orardes, não sereis como os hipócritas (?) quando orares, entra no teu quarto? (Mateus 6.5-6). Deus não despreza nossas imperfeições. Ele quer que oremos; Ele quer comungar conosco.
A oração tem a ver com nosso coração, e não com as nossas palavras.
Oremos pelos grupos de oração.

terça-feira, 2 de março de 2010

Traços de família




Aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço. João 14.12
O filho pequeno de Teresa, ao chegar em casa, um dia, contou à mãe que tinha visto uma amiga dela no mercado. ?Ah é??, perguntou ela. ?Que amiga minha?? ?Você sabe?, respondeu ele. ?Aquela que tem um bebê igualzinho a ela, só que menor.? Teresa soube imediatamente que ele se referia a mim. Minha filhinha era mesmo igualzinha a mim. Às vezes, é fácil perceber que uma criança se parece mais com o pai ou com a mãe; outras vezes, os traços de ambos se misturam. Mas e nós, cristãos e cristãs? Com quem as pessoas dizem que nos parecemos? Ninguém jamais viu a face de Deus, e Deus não tem um corpo, portanto não podemos nos comparar fisicamente ao nosso Pai celestial. Mas nossas vidas às vezes mostram às outras pessoas como Deus é. Nossa semelhança com Ele não é visível na cor de nossos olhos ou de nossos cabelos, mas nossas palavras e ações podem mostrar Cristo claramente a quem nos cerca.
Que traços de família mostram que somos filhos e filhas de Deus?

Oremos pelas pessoas que precisam enxergar o amor de Deus.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Desvio de Rumo



Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta. Hebreus 12.1
Meu cunhado presenteou-me com uma viagem de pesca no lago Erie. Eu não pescava desde que era moço. O lago Erie estava calmo naquele dia. O barco parecia imóvel, a não ser por um balanço suave. Gostei de me recostar contra a amurada e tomar refrigerantes, enquanto lançava minha linha sem pegar muita coisa. Mas, por várias vezes, ouvi o capitão do barco alugado dizer, enquanto ligava o motor: ?Vamos voltar. Estávamos à deriva?. Não havia percebido que estávamos nos movendo, mas, aparentemente, estávamos. Num sentido espiritual, nenhuma pessoa está sentada e imóvel. Estamos todos nos movendo ? movendo-nos para o amanhã, para depois de amanhã e para o dia seguinte. Temos um plano, um propósito, um destino? Estamos nos movendo na direção de Deus ou para longe dEle? Ou talvez estejamos ?à deriva?, movidos por forças externas, sem qualquer orientação ou objetivo. É preciso esforço e, muitas vezes, coragem para viver com propósito, mas a recompensa vale a pena: um companheirismo mais profundo com nosso Deus amoroso.
Cada escolha ou cada ação nos move para mais perto ou mais longe de Deus.
Oremos pelas pessoas que trabalham no mar.