quinta-feira, 8 de abril de 2010

Devolvendo a bola


Cada um contribua conforme tiver proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria. 2 Coríntios 9.7
Enquanto assistíamos a um jogo de beisebol universitário, minha filhinha devolveu uma bola fora. Se fosse um jogo profissional, ela teria permissão para guardá-la, mas nessa categoria os fãs têm de devolver as bolas. Eu queria que ela pudesse guardá-la, porque achei que seria emocionante para ela. Mas então vi seu prazer ao devolvê-la. Na realidade, o rapaz que pegou a bola era apenas o responsável pelos tacos ou o gerente de equipamentos. Mas, para uma garotinha de seis anos, ele era um "jogador de verdade", um atleta de uniforme. Ela não teria ficado mais encantada e cheia de admiração se tivesse devolvido a bola diretamente ao Babe Ruth . De modo semelhante, nós devolvemos dádivas a Deus. Assim como a bola de beisebol não era realmente de minha filha, o que damos a Deus não é realmente nosso. No melhor dos casos, estamos apenas sendo obedientes e cumprindo nosso dever em relação às dádivas que nos foram concedidas. Como diz Jesus no evangelho de Lucas: "Assim também vós, depois de haverdes feito quanto vos foi ordenado, dizei: Somos servos inúteis, porque fizemos apenas o que devíamos fazer" (Lucas 17.10). Mas não seria ótimo se pudéssemos devolver nossas dádivas de dinheiro e serviço a Deus com a mesma alegria e encantamento que minha filha ao retornar a bola de beisebol? O que é especial não é a dádiva, mas Aquele que a recebe.
Deus regozija-Se quando damos com alegria - e nós também.
Oremos
para que possamos dar com alegria.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Quando Deus chama



Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros. João 13.35
A baixa luminosidade do farol de emergência me dizia que o carro no acostamento estava lá já havia algum tempo. "Precisam de ajuda?", perguntei. "Sim", respondeu o motorista enquanto ajudava sua esposa a entrar em meu carro. Ambos eram surdos. Perguntei se poderia levá-los a um telefone ou a um posto de serviço. "Não, obrigado. Apenas nos leve para casa", respondeu. A casa deles ficava 50 quilômetros depois da minha. Queria ajudá-los, mas aquilo me parecia um pouco demais. Tentei encontrar uma desculpa, mas não encontrei nenhuma. Perguntei, com relutância: "Vocês gostariam de parar para comer alguma coisa?" "Não, obrigado; mas gostaríamos de ir a um banheiro." Quando estávamos a caminho da casa deles, perguntei quanto tempo eles tinham ficado parados. "Três ou quatro horas", disse o homem. Balancei a cabeça em descrédito. "Quanto tempo pretendiam esperar?" "Até que nossas orações fossem respondidas", disse. Sua resposta de fé me silenciou e humilhou. Nós frequentemente identificamos as pessoas enviadas por Deus como respostas às nossas orações. Mas com que frequência temos sido resposta de Deus a alguém? Mesmo quando não queremos passar por inconvenientes, mesmo quando relutamos, a graça de Deus expressa por meio de nossas ações pode fazer maravilhas.
Hoje, cada um de nós pode ser a resposta à oração de alguém.
Oremos pelos que estão encalhados.

terça-feira, 6 de abril de 2010

O presente de Deus


E o meu Deus, segundo a sua riqueza em glória, há de suprir, em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades. Filipenses 4.19
A chuva caía tão delicadamente que eu mal a notava. Boa parte da Austrália tem sofrido a mais devastadora seca de nossa história. Minha mente remonta aos dias da minha infância, quando eu pulava nas poças de água após uma tempestade. Quando ocorre uma, não podemos ignorar a chuva que cai pesadamente à nossa volta, mas naquele dia ela caía suavemente, abençoando a terra. Eu podia ter esperança de novo crescimento. Ao pensar na chuva, lembrei-me da graça e misericórdia de Deus, que cai livremente sobre mim - chegando às vezes tão silenciosamente que mal as reconheço. Somente depois de ver os resultados dessas bênçãos reconheço o quanto Deus me deu todas as pequenas coisas de que preciso a cada dia.
Hoje, manifestarei gratidão pelas "pequenas" bênçãos que Deus envia.
Oremos
por aqueles que não conseguem ver Deus em ação.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

A esperança da ressurreição



O Senhor Deus me deu língua de erudito, para que eu saiba dizer boa palavra ao cansado. Ele me desperta todas as manhãs, desperta-me o ouvido para que eu ouça como os eruditos. Isaías 50.4
Como pastor, espero ansiosamente, todos os anos, por um tempo de renovação pessoal logo após a ativa estação da Quaresma e Páscoa. Neste ano em que escrevo, na segunda-feira após a Páscoa, eu estava de férias quando soube que um de nossos membros tinha tirado a própria vida. Fiquei arrasado. Comecei a pensar na história quaresmal que tínhamos acabado de vivenciar, especialmente entre o Domingo de Ramos e a Páscoa. Jesus ouviu as hosanas, mas sabia que algo muito diferente O aguardava. Em nossas vidas, no entanto, nós nunca sabemos o que está do outro lado da esquina. Sabemos apenas que podemos confiar que Deus nos ajudará a enfrentar o inesperado, os momentos arrasadores em nossas vidas. O dia do funeral foi muito difícil. Orei para que as pessoas de luto, presentes na igreja, pudessem ouvir a palavra de Deus junto comigo, tendo "despertado o seu ouvido para ouvir". Pois, mesmo diante da morte, em Deus encontramos auxílio e consolo.
Mesmo diante da morte, as boas-novas de ressurreição podem nos dar esperança. Oremos pelas pessoas que foram afetadas por um suicídio.