sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Talvez amanhã


Porque a visão ainda está para cumprir-se no tempo determinado, mas se apressa para o fim, e não falhará; se tardar, espera-o, porque certamente virá; não tardará. Habacuque 2.3
Após meu primeiro semestre no seminário, nos Estados Unidos, voltei à Ucrânia para uma visita. Na hora de partir, disse à minha família que voltaria em breve. Cada um de nós tinha um entendimento diferente do "em breve", seis meses, ou um ano, ou após a formatura. Mas ninguém realmente pensou que minha volta fosse levar tanto tempo. Desde então, seis anos se passaram. Muitas coisas aconteceram em nossa vida, e ainda não voltei para casa. Quando meus pais souberam que finalmente tinha conseguido o visto permanente para viver nos Estados Unidos, entenderam que voltasse para casa a qualquer momento. Durante a preparação para minha tão esperada chegada, eles se certificaram de ter uma boa provisão de tudo. A espera deles é tão intensa! Toda vez que ouvem um carro passando diante de casa, esperam que seja eu chegando, mas não é. "Talvez amanhã", eles dizem. Em Atos 1.11, lemos sobre o momento em que Jesus deixa Seus discípulos. Eles acreditam que Jesus voltará em breve. Em 1 Tessalonicenses, Paulo elogia os cristãos em Tessalônica por seus atos de amor enquanto aguardam a segunda vinda de Cristo. Quantos outros santos têm estado à espera da volta de Jesus durante os últimos 2 mil anos! Agora somos nós que esperamos. Enquanto isso, servimos a Cristo aos que estão à nossa volta, dizendo: "Vem, Senhor Jesus, vem!"

Nossa esperança como seguidores de Cristo terminará em alegria.

Oremos pelas famílias que aguardam a volta de um ente querido.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

As misericórdias diárias de Deus


As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; renovam-se a cada manhã. Lamentações 3.22-23
Minha irmã, que está internada em um hospital, sofre dores terríveis por causa de uma doença renal. Sei e compreendo que Deus não Se alegra no seu sofrimento. Antes, Ele conhece nossa condição e nos oferece a misericórdia divina. Essa misericórdia se derrama sobre nossa angústia com o bálsamo do puro amor divino. Nós não compreendemos por que há tanto sofrimento no mundo. Na verdade, algo dentro de nós busca uma razão para a nossa adversidade. Então, em nossa luta para compreender, reconhecemos que Deus nos oferece algo mais: amor e misericórdia que nos sustentam quando estamos fracos. Toda vez que clamamos: "Senhor, salva-me", Deus nos envolve em Seus braços amorosos. O sofrimento pode nos ajudar a compreender o valor da vida e o poder do amor de Deus.

A misericórdia de Deus nos sustenta em toda adversidade.

Oremos pelas pessoas que estão aguardando um transplante de órgão.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Um gramado a cortar



Ele, porém, querendo justificar-se, perguntou a Jesus: Quem é o meu próximo? Lucas 10.29

"Ei, você pode vir até aqui?", gritou Ruby, encostando-se no batente de sua porta. Cruzei o jardim e cheguei rapidamente aonde ela estava. Ruby perguntou-me se eu conhecia alguém que pudesse cortar a grama do seu jardim. Expliquei que estava visitando minha filha e não conhecia ninguém na cidade. Dei um sorriso tímido e disse que lhe informaria caso encontrasse alguém que pudesse cortar sua grama. Ela respirou fundo em seu tubo de oxigênio e agradeceu-me. Claro que eu era perfeitamente capaz de cortar sua grama, por isso me senti culpada durante o trajeto até a casa de minha filha. Justifiquei-me buscando desculpas para não ajudar Ruby: eu cuido de minha mãe de 81 anos; ajudo meus filhos e netos; trabalho na igreja; Ruby não é responsabilidade minha. Mas até para mim mesma as desculpas pareciam esfarrapadas. Em Mateus 19.19, Jesus diz: "Amarás o teu próximo como a ti mesmo". Ruby precisava enxergar o amor de Deus no meu amor por ela. Empurrei o cortador até o pequeno gramado de Ruby e liguei o motor. A limpeza do jardim ajudou Ruby, e minha ação agradou a Deus. Entendi então que nossos dias estão cheios de oportunidades para ajudarmos o nosso próximo. Agir com bondade, oferecer um sorriso sincero e aliviar o fardo de alguém em necessidade mostra que estamos tentando viver uma vida de amor, uma vida que Deus quer que vivamos.
Quando houver uma necessidade que eu possa atender, Deus espera que eu faça exatamente isso.
Oremos pelo nosso próximo.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Tempos de refrigério



Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados, a fim de que da presença do Senhor venham tempos de refrigério. Atos 3.19
Quando era adolescente, ajudava meu pai a colher o feno durante o outono. Era um trabalho quente e sujo. Nós apanhávamos os fardos de feno nos campos e os empilhávamos numa carroça. Partículas de feno caíam inevitavelmente sobre mim ao colocar os fardos na carroça. Os fragmentos de poeira grudavam em minha roupa, em meus cabelos e muitas vezes entravam em meus olhos, irritando minha pele quente e suada. Ah, como eu ansiava por um banho revigorante para lavar a poeira e os fragmentos de meu corpo! O pecado deixa nossa alma igualmente suja, e também rompe nosso relacionamento com um Deus Santo, leia Isaías 59.2. A passagem de hoje é uma oração de arrependimento. O rei Davi a fez depois de ser confrontado por Natã, o profeta, por causa de seu adultério com Bate-Seba e do assassinato de Urias. Davi reconheceu que seus pecados o tinham separado de Deus. Como o salmo nos diz, Davi entendeu que o arrependimento sincero restaura nosso relacionamento com Deus e traz tempos de refrigério. Há momentos em que todos nós temos sujeira espiritual em nossa vida. Mas, quando nos examinamos e buscamos o perdão de Deus, também podemos experimentar "tempos de refrigério".
Quando nos arrependemos, o perdão jorra sobre nós.

Oremos pelos fazendeiros e fazendeiras

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Tempo suficiente



Não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal. Mateus 6.34
A moderna tecnologia nos permite acelerar e reduzir o tempo. Nos programas de reconstrução total que vemos na televisão, um jardim ou uma casa podem ser transformados em minutos. Mas na vida real os lindos jardins exigem anos de trabalho duro, e a redecoração não é tão fácil quanto parece na TV. Por outro lado, a moderna tecnologia também pode tornar o tempo mais lento, como nos replays em câmera lenta dos momentos decisivos dos eventos esportivos. O passado já foi; o futuro vem em seu próprio ritmo. Na realidade, não podemos rebobinar ou apressar nossa vida. Podemos nos sentir tentados a rever, com pesar, raiva e ressentimento, todas as nossas esperanças despedaçadas, todos os nossos "se ao menos?". Ou podemos, às vezes, considerar o futuro desanimador e querer passar apressadamente por ele. Mas não podemos alterar o tempo. O que temos é o hoje que Deus nos dá e a liberdade de escolher como vivê-lo. O apóstolo Paulo nos deu um exemplo de como deixar o passado para trás quando escreveu: "Esquecendo-me das cousas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus" (Filipenses 3.13-14). Como Paulo, podemos aproveitar as oportunidades de cada dia para usar os dons que Deus nos deu.

Oremos pelas pessoas que se preocupam demais.