sexta-feira, 27 de maio de 2011

Culpa equilibrada



A vereda do justo evita o mal; quem guarda o seu caminho preserva a sua vida (Pv 16.17).

Andar por caminhos errados causa um sentimento chamado culpa. Sentir culpa é importante e ajuda na decisão de buscar correção. Mas, se não for sentida de forma sensata e equilibrada, pode causar grandes problemas emocionais.
Existe o sentimento de culpa em excesso. Muitas pessoas vivem se desculpando sem mesmo saber por quê. A frase “desculpe alguma coisa” é característica do que estamos falando. Não é bom culpar-se por tudo. Um atraso, um esquecimento, um pensamento maldoso entre outras coisas comuns que acontecem; é comum sentir culpa nestas situações, mas esse sentimento não deve crescer a ponto de dominar a mente atingindo dimensões maiores do que deveriam. A intensidade do sentimento de culpa deve ser proporcional ao ato praticado.
Diante das falhas, mais do que ficar lamentando, é preciso admitir o erro e buscar corrigir o que for possível. Lembrar do amor de Deus, de sua misericórdia e perdão. Se Deus nos perdoa, por que nós não vamos nos perdoar? Para nosso bem estar precisamos aprender perdoar a nós mesmos.
Existe também um outro lado da questão. A falta de sentimento de culpa. Pessoas que ignoram a culpa e diminuem esse sentimento, mesmo quando cometem grandes erros. Dizem: “não foi minha culpa”. Tem desculpa para tudo. Culpam os outros e as circunstâncias pelos seus erros. Essa é uma atitude ainda pior. Não sentir-se culpado quando se erra demonstra orgulho e falta de arrependimento. Da mesma forma que não devemos sentir culpa de forma exagerada não podemos ignorar a culpa.
É preciso buscar um equilíbrio no sentimento de culpa. A melhor forma de resolver isso é temer a Deus, desviar e evitar o mal. Evitando o mal estamos evitando a culpa. Buscar uma vida reta é buscar uma vida de paz, livre do peso da culpa.

O proceder honesto é o caminho para aliviar a culpa

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Não dá pra contar




Quem poderá descrever os feitos poderosos do Senhor, ou declarar todo louvor que lhe é devido? (Sl 106:2).

É comum tentar descrever alguma coisa para outra pessoa e não conseguir. Não encontramos palavras, não temos argumentos suficientes para explicar o que queremos demonstrar. Como descrever uma viagem que fizemos? Como explicar o gosto de um alimento que comemos? Imagine como fica mais difícil tentar descrever a obra de Deus. É impossível fazer isso porque os feitos do Senhor são mais do que se podem contar.
Por mais que existam várias mensagens escritas descrevendo quem é Deus, como ele realiza a sua vontade, quais os benefícios na vida de seus filhos, só pode saber realmente quem é Deus aquele que o conhece, que já experimentou a sua presença.
É preciso buscar conhecer a Deus. Conhecer não apenas através de algo que ouvimos falar sobre ele. Não um conhecimento de segunda mão. Jó disse no final de seu livro que por grande tempo conheceu Deus só de ouvir, mas naquele momento os seus olhos podiam vê-lo. Não podemos nos contentar em apenas conhecer Deus à distância.
Qual será o conhecimento que temos de Deus? Temos experimentado sua presença? A presença e a obra de Deus na vida dos seus acrescenta a maior realização que alguém pode almejar. São muito felizes aqueles que estão com Deus, diz o v. 3 de nosso texto.
Quando ouvimos falar de uma comida boa, ou de uma cidade interessante ficamos curiosos, querendo experimentar e conhecer. Pelo que ouvimos falar de Deus temos suficiente argumento para nos motivarmos a buscar conhecê-lo. Enquanto algumas coisas que ouvimos falar não podemos experimentar, por estarem distante de nosso alcance, Deus está perto e nos diz: Vinde a mim, vós que estais cansados e sobrecarregados. Achegue-se a Deus, e ele se achegará a você. Comece a conhecê-lo se você já o conhece, prossiga conhecendo-o um pouco mais a cada dia.

O conhecimento vem com a experiência.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Meu Pastor



Mesmo quando eu andar por um vale de trevas e morte, não temerei perigo algum, pois tu estás comigo (Sl 23:4).

A vida é cheia de lutas. Luz e sombras nos cercam a cada dia, somos atraídos para as trevas e para a luz. Graças a Deus temos a presença do bom pastor, que nos consola, e nos tira do caminho das trevas e da sombra da morte.
O texto afirma nossa vitória sobre o mal, afirma que teremos paz em Deus independentemente do que estamos passando ou do que virá pela frente. Quando penso no que pode ser a sombra da morte, entendo que, significa tudo o que existe de mal neste mundo, tanto aquilo que tenta nos levar ao pecado ou qualquer acontecimento rotineiro como: o mal das lutas diárias, dos problemas financeiros, dos problemas familiares e dos problemas com enfermidade e morte.
O consolo vem das palavras “tu estás comigo”. Deus está conosco e nós devemos estar com Deus para termos esta proteção. Primeiro precisamos encarar a realidade da vida. A vida não é fácil pra ninguém. A angústia, a tristeza, o medo, os perigos, as sobras e luzes estão em todo lugar percorrendo todos os caminhos, famílias e corações. Saber que a vida não é uma ilha da fantasia é um passo importante para poder afirmar o seguinte: Tenho um caminho perigoso e difícil a percorrer, portanto, se não estiver preparado e bem acompanhado vou me perder no meio do caminho. Preciso me fortalecer, para isto, eu quero estar na presença de Deus a cada dia. Eu estou contigo Senhor e tu estás comigo.
Sim. O Senhor Deus estará conosco, a sua vara, e o seu cajado nos consolarão a cada dia. Diante das diversas batalhas, a vara (bordão, cetro, cabo) é a arma ou espada a ser utilizada para nos proteger, será utilizada nos combates contra o inimigo. O cajado é o nosso apoio e também nos dará direção no caminho.

Vamos viver na presença do supremo pastor, nada nos faltará.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Humildes Começos




Não por força nem por violência, mas pelo meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos (Zc 4.6).

O povo de Judá estava desencorajado na ocasião do lançamento dos alicerces do segundo templo. O desânimo do recomeçar deveria ser vencido pela esperança da conclusão daquela obra. Muitos de nós vamos nos surpreender com o resultado que vamos obter após os primeiros passos que podemos dar hoje. Lao Tse disse: “Uma viagem de mil milhas começa com o primeiro passo.” Se realizarmos algo todos os dias, faremos muito em pouco tempo.
A pressa e a vontade de se obter resultados imediatos têm gerado nas pessoas indisposição para realizar qualquer coisa que exija um pouco de dedicação. É preciso fugir desta artificialidade moderna. Muito mais saboroso é colher do fruto de nossa dedicação e trabalho do que experimentar o que vem enlatado, pré-cozido e que não exige envolvimento e dedicação.
Se agirmos assim, nossa vida se tornará mais produtiva e dinâmica. É preciso tomar a decisão certa na escolha de qual projeto vamos desenvolver. É preciso responsabilidade e persistência para não abortar no meio do caminho. Uma sugestão. Comece algo hoje. Sonhe com a possibilidade de se tornar alguém melhor. Escolha alguma coisa e dedique-se a ela com amor e responsabilidade. Você pode começar a estudar música, você pode entrar na faculdade, você pode começar a guardar algum dinheiro, você pode começar a ler a Bíblia. Seja o que for, lembre-se que a decisão mais importante é poder começar algo com confiança.
O começo de qualquer coisa pode parecer humilde, insignificante, mas com certeza ficaremos logo surpresos ao vivenciar a velocidade com que este humilde começo se transformará em uma grande realização. Seremos surpreendidos com a força da persistência, com a velocidade em que as barreiras serão transpostas. O fruto colhido será maior do que poderíamos imaginar.

O primeiro passo é o início de uma grande conquista.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Cidadãos dos Céus




Então vi novos céus e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra tinham passado; e o mar já não existia (Ap 21.1).

As ruas de ouro do céu me fascinam desde a infância. Mas felizmente, o que nos aguarda no céu vai além de suas ruas. Temos então a promessa de uma vida perfeita sem doenças e sem choro, face a face com Deus. Pensar assim muda a nossa forma de viver o presente. Quando reconhecemos que nossa vida aqui nesta terra é passageira passamos a viver diferentemente.
A diferença que ocorre é que temos na vida maior alegria. Nossa esperança não está depositada nas conquistas passageiras, nos tesouros, nos títulos, mas nossa alegria está firmada na salvação eterna. Também ocorre uma mudança nas nossas atitudes. Conhecendo que teremos uma nova vida desde já, vivemos como cidadãos dos céus.
É comum vivermos presos às coisas deste mundo. Presos a ponto de pensar que aqui é o melhor lugar para estar. Presos a ponto de achar que nunca vamos morrer. Às vezes, nos acomodamos na vida que levamos com família, trabalho, amigos e nos esquecemos que isso tudo é passageiro.
Mesmo vivendo ainda num contexto diferente e distante da nossa pátria celeste, não podemos esquecer que as nossas atitudes devem ser orientadas pela Palavra de Deus. É preciso estar alerta em todo o tempo para viver neste mundo livre do mal. Devemos seguir o conselho de Paulo que diz em I Co 7:29-31 “Isto, porém, vos digo, irmãos: o tempo se abrevia; o que resta é que não só os casados sejam como se o não fossem; mas também os que choram, como se não chorassem; e os que se alegram, como se não se alegrassem; e os que compram, como se nada possuíssem; e os que se utilizam do mundo, como se dele não usassem; porque a aparência deste mundo passa (ERA)”.
Nossa vida será aprimorada, aperfeiçoada nos céus, mas o viver em santidade começa aqui. Fazemos isso em gratidão a Deus pela vida eterna que ele nos dá.

Pense no céu, viva como um cidadão dos céus.