sexta-feira, 2 de setembro de 2011

a verdade


Se alguém afirmar: “Eu amo a Deus”, mas odiar seu irmão, é mentiroso, pois quem não ama seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê (1 Jo 4.20).

Você conhece a Fábula do Porco-espinho? Ela diz o seguinte: “Durante a Era Glacial, muitos animais morriam por causa do frio. Os porcos-espinhos, percebendo a situação, resolveram se juntar em grupos. Assim se agasalhavam e se protegiam mutuamente, mas os espinhos de cada um feriam os companheiros mais próximos, justamente os que ofereciam mais calor. Por isso, decidiram se afastar uns dos outros e voltaram a morrer congelados. Então precisavam fazer uma escolha: ou desapareceriam da Terra ou aceitavam os espinhos dos companheiros. Com sabedoria, decidiram voltar a ficar juntos. Aprenderam, assim, a conviver com as pequenas feridas que a relação com uma pessoa muito próxima podia causar, já que o mais importante era o calor do outro. Dessa forma, puderam sobreviver.”
Realmente, conviver com outras pessoas, às vezes, pode-nos causar problemas, mas a Bíblia diz que devemos fazer tudo o que for possível da nossa parte para viver em paz com todos. Podemos alcançar isso quando tratamos as pessoas com humildade, demonstrando amor sincero. Buscando praticar o que é bom, sendo hospitaleiro, sabendo dividir o que possuímos. Se alguém nos persegue, no lugar de praticar a vingança devemos orar por esta pessoa, pedindo a bênção de Deus sobre a vida dela. Precisamos ter uma vida de confiança em Deus sabendo que a ele pertence a vingança e o julgamento. Não devemos fazer a justiça com as nossas próprias mãos.
Por mais que seja difícil a convivência, seja em casa, no trabalho ou na igreja, não podemos viver isoladamente. Temos que aprender a conviver com os espinhos dos relacionamentos, sabendo que com amor podemos entender melhor as pessoas com quem convivemos. Vamos perceber que quando tratamos os outros com amor e humildade, somos também tratados de melhor forma até por pessoas que considerávamos impossíveis de conviver.

O mal só pode ser vencido com o bem.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Adaptação



Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus (Rm 12.2).
Recentemente mudei com a minha família para uma nova cidade. Nos primeiros meses sentimos muita saudade dos amigos que ficaram, dos lugares que frequentávamos, da casa onde morávamos etc. Fomos muito bem recebidos, todos diziam a mesma frase com sinceridade: Sejam bem vindos! E perguntavam: Como vocês estão? Nossa resposta era sempre repetida também: Estamos nos adaptando!
Adaptação é um exercício interessante. Quando alguém muda precisa se adaptar à sua nova casa, médico, supermercado, padaria, açougue, amigos, igreja. A vida inteira passa por uma verdadeira mudança. Pode ser ruim por um lado, mas este exercício é algo que nos tira da acomodação e nos leva à transformação e ao movimento que é sempre sadio.
Acredito que muitos estão se adaptando às facilidades da estabilidade: ao seu portão eletrônico, à sua poltrona preferida, ao disque pizza, à sua casa confortável. Estão fazendo da comodidade comodismo. Ao mesmo tempo estão se adaptando às baladas, às conversas maliciosas, aos convites das tentações.
Nosso texto bíblico desta mensagem é muito claro. Ele diz que não devemos nos amoldar ao padrão deste mundo. Não podemos nos conformar com a maneira que a sociedade vive. Nosso modelo não pode ser as pessoas corrompidas que têm suas paixões e pecados como prioridade. É preciso buscar a constante renovação da nossa mente. Nossa forma de pensar não pode se adaptar aos maus costumes.
Vivemos a necessidade de um exercício constante de mudança que exige sacrifício de nossa parte. O mundo nos abraça tentando fazer com que tomemos a sua forma. Precisamos resistir buscando a Deus e seu caminho. Mesmo vivendo em um lugar difícil como este século podemos e devemos buscar a agradável e perfeita vontade de Deus.

Leve a sério a necessidade de transformação

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Caráter e Reputação



A boa reputação vale mais que grandes riquezas; desfrutar de boa estima vale mais que prata e ouro (Pv 22.1).

O capítulo 3 de Provérbios começa carinhosamente chamando seus leitores de meu filho. O escritor é como um pai que quer o melhor para seus filhos. Ele diz: “Não te esqueças dos meus ensinamentos, lembre sempre dos meus conselhos”. A promessa é de vida longa para aqueles que seguem os caminhos do Senhor. O texto destaca duas coisas importantes da vida: bondade e fidelidade. Estas não devem nunca se distanciar de nós. Precisamos amar a Deus e ao nosso próximo e sermos fiéis em nossas atitudes. Esta é uma forma de agradar a Deus e aos homens. É quando nosso caráter corresponde à nossa reputação.
Infelizmente é mais fácil ter uma boa reputação do que um bom caráter. Existe uma frase que diz: Reputação é o que os homens pensam que você é; caráter é o que Deus sabe que você é (Anônimo). Será que se a nossa reputação se encontrasse na rua com nosso caráter ela o reconheceria? Para evitar esta diferença é preciso buscar um caráter santo que revelará uma boa reputação diante dos homens.
Ter uma boa reputação é importante, mas um bom caráter é indispensável. Podemos até não ser reconhecido pelos homens como deveríamos, mas ser um pouco desprezado é melhor do que receber elogios que nunca merecemos. Jesus tornou-se homem como não tendo reputação alguma, esvaziou-se de si mesmo. Jesus, que existiu em forma de Deus e igual a Deus, humilhou-se a si mesmo tomando a forma de servo. Não se importou com sua aparência diminuída. Nós, que somos homens pecadores, não podemos buscar uma reputação falsa que discorde de nosso caráter. A finalidade de nossa vida não pode ser apenas uma boa aparência, e sim um bom caráter.
Faremos isso seguindo o conselho do texto de nosso estudo. Não abandonando a lealdade e a fidelidade agradaremos tanto a Deus como aos homens. Teremos um bom caráter e boa reputação.

Devemos ser o que somos aos olhos de Deus.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Dominados


Ao contrário, revistam-se do Senhor Jesus Cristo, e não fiquem premeditando como satisfazer os desejos da carne (Rm 13.14).

O filhos de Deus têm como fruto desta relação a liberdade para andar em conformidade com a Sua vontade. Isso não impede o conflito interno entre os desejos de se fazer o que é mal e o que é bom. Essa luta entre carne e espírito é constante mesmo na vida do cristão.
É preciso tomar muito cuidado para não se desviar do caminho da verdade. Por isso nosso texto diz que é necessário viver no Espírito. Viver diariamente sendo guiado por Deus. Andar por bons caminhos que agradem a Deus, desenvolvendo hábitos saudáveis.
À medida que aprendemos a andar no Espírito, a carne fica cada vez mais dominada e fragilizada. Quem está ocupado buscando a paz não se deixa levar pelo ódio. Que pensa em fidelidade não busca a imoralidade. Quem vive e anda em amor deixa de lado o ciúme e a discórdia. Quem na vida busca domínio próprio e mansidão não vive embriagado e cheio de inveja. O contrário também pode acontecer. Quem anda nos caminhos da carne se afasta de Deus e enfraquece espiritualmente.
Devemos nos alimentar do que é bom, e não do que é mal. Não devemos buscar o que estimula o pecado. A vida na carne é ilusão, prisão. Viver na carne é despertar tudo o que há de ruim na natureza humana.
É preciso analisar o nosso modo de viver diário. Qual o lazer que buscamos, as amizades que temos, os filmes que assistimos, os sites que visitamos, quanto tempo oramos, lemos a Bíblia e nos ocupamos com coisas espirituais?
O apóstolo Paulo, falando em Romanos 7 sobre esta luta constante, diz: “Miserável homem que eu sou! Quem me libertará do corpo sujeito a esta morte?” (Rm 7.24). Depois de falar isso, dá graças a Deus, pois sabe que a graça de Jesus o alcançou dando-lhe o perdão e um novo caminho. Peça ajuda a Deus. Somente ele pode formar nosso coração para o bem. Ele pode nos afastar e nos fazer vencer as mais horríveis tentações.

O socorro vem do Senhor, ele o guardará de todo mal. Diga não a carne.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

A casa



Descobri que não há nada melhor para o homem do que ser feliz e praticar o bem enquanto vive (Ec 3.12).

Todo mundo sabe que para se construir uma casa, mais do que um belo acabamento é preciso um terreno firme e um bom alicerce. Para edificar uma casa gastamos tempo e dinheiro cavando fundo, colocando estacas e sapatas que receberão a carga das paredes da construção.
Quando a casa está pronta, o terreno e o alicerce não são visíveis, mas são responsáveis pela sustentação da obra. Quando vêm os ventos e tempestades, a casa permanece de pé.
A vida do homem é representada em nosso texto base pela figura de uma casa. Nossa vida precisa ser construída sobre a rocha que é Cristo. Precisamos cavar bem fundo, mais atentos ao alicerce do que com a fachada. Quando passamos pelos vendavais e tempestades, que são as dificuldades da vida, nos mantemos de pé. Ainda que a morte chegue á nossa casa ela não vai nos destruir. Quem ouve a Palavra e não a pratica é comparado a construtores que edificam suas casas sobre a areia. Estão buscando a facilidade, não precisam de esforço para cavar na areia, podem construir perto da praia uma linda casa. Mas um dia esta casa vai desmoronar.
Um pastor caminhava após o culto para a sua casa quando cruzou com um homem bêbado. Este homem levantou os braços e o chamou para conversar. O pastor disse que ele precisava de Jesus. Ele respondeu que não tinha religião e que ser cristão era algo muito sério, que ele não ia se esconder atrás de Bíblia. Veja como até uma pessoa que mal pode controlar seus passos e pensamentos é capaz de saber que ser cristão não é apenas carregar uma Bíblia, ir até à igreja, se comportar com uma certa aparência de santidade. Não adianta ouvir as palavras de Jesus, conhecer os ensinamentos bíblicos, aprender o que se deve fazer, sem praticar aquilo que aprendeu. O cristão é alguém que pela graça de Deus é um novo homem, justo e santo, interior e exteriormente, diante de Deus e dos homens.

Ser cristão é mais do que falar, é praticar.