Uma dádiva improvável

Como, porém, invocarão aquele em que não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue? Romanos 10.14

Vários anos atrás, minha filha de 6 anos, Alisha, em um dia de dezembro, escolheu para minha esposa um presente de Natal diferente. Era uma enorme bengala doce, feita de açúcar, decorada para o Natal, do tamanho de um enfeite de jardim. Alisha não mudava de ideia, apesar de seu irmão e eu insistirmos para que escolhesse outra coisa. Quando o Natal chegou, minha esposa abriu o presente que ganhara. Fiz o mesmo com o que minha filha comprara para mim: um pacote de batatas fritas. Comi-as rapidinho. Seis meses depois, Alisha morreu. Dois mil anos atrás, Deus nos mandou um presente, uma criancinha pobre, deitada numa manjedoura, cercada por pessoas duvidosas e até por animais. O presente improvável de Deus era Jesus. Nós ainda celebramos essa estranha e bela chegada ao nosso mundo, que Ele veio salvar. Todos os anos, na época do Natal, olho para o lugar de destaque em nossa casa onde costumamos pendurar as bengalas doces, e lembro que os presentes inusitados têm grande significado. Jesus é realmente o melhor presente que podemos dar ou receber.

Nós temos o privilégio e a responsabilidade de oferecer aos outros a dádiva da fé em Cristo.

Oremos pelas pessoas que estão chorando uma perda recente nesta época de Advento.

Ovelhas territorialistas

Porque estáveis desgarrados como ovelhas; agora, porém, vos convertestes ao Pastor e Bispo da vossa alma. 1 Pedro 2.25

As ovelhas perambulam pelo Distrito do Lago, na Inglaterra. Elas pertencem a alguém? Pergunte a um pastor local e ele dirá: "Todas as ovelhas deste lado da colina pertencem a mim. Elas são de raça forte. Ficam em todo tipo de clima e encontram seu alimento no alto das montanhas. Trago-as para baixo para banho, vermifugação, parto e tosquia". "Mas e se elas saírem andando e desaparecerem?" "Elas não fazem isso. Elas são territorialistas; sabem que pertencem à minha montanha." Territorialista é uma palavra nova para mim. Mesmo sem cercas, essas ovelhas conhecem seu pedaço de chão. A ovelha-mãe ensina cada geração de cordeiros o lugar ao qual pertencem. Eu afastava-me de Deus porque essa é a minha natureza. Mas, quando conheci Jesus Cristo, Ele mostrou-me que pertenço a Ele. Hoje, quando me sinto tentada a afastar-me, a voz do Pastor fala ao meu coração, chamando-me de volta.

Somos livres para andar a esmo, mas podemos optar por ficar junto de Cristo.

Oremos pelas pessoas que se afastaram de Cristo.

Viúvas e órfãos

A religião pura e sem mácula, para com nosso Deus e Pai, é esta: visitar os órfãos e viúvas nas suas tribulações e a si mesmo guardar-se incontaminado do mundo. Tiago 1.27

Quando estava vivendo, em regime de tutela, na casa de um pastor, meus amigos me provocavam, dizendo que minha mãe nunca voltaria para me pegar. Mas eles estavam errados. Ela veio depois de provar que era uma adulta responsável, que estava empregada e tinha um local de moradia para seus filhos. Quando eu estava me preparando para partir de sua casa, o pastor conversou com minha mãe em particular. Mais tarde, soube que ele havia guardado todo o dinheiro que tinha recebido para cuidar de mim. Ele deu-o à minha mãe para ajudá-la a começar de novo. Meu pai adotivo viveu a verdade do versículo 27 de Tiago 1. Mas esse versículo de Tiago tem um sentido muito mais profundo. Órfã é a pessoa que não tem pais biológicos, mas, em certo sentido, todos nós somos órfãos espirituais até que reconheçamos Deus como nosso Pai. Para vivermos "a religião pura e sem mácula", devemos cuidar dos órfãos espirituais guiando-os ao relacionamento com nosso Pai que está nos céus. Meu pai adotivo fez isso, minha mãe e eu somos provas vivas do poder de Deus para remir vidas fragmentadas por meio daqueles que obedecem às palavras das Escrituras.

Deus pode usar meus atos de amor para transformar a vida de alguém.

Oremos pelos pais e mães adotivos.

Paciência

A discrição do homem o torna longânimo, e sua glória é perdoar as injúrias. Provérbios 19.11

Ao voltar do trabalho para casa, parei no banco. Minha mente rodava, pensando em tudo que ainda tinha para fazer: o jantar, terminar de lavar a roupa, ir ao treino de voleibol, corrigir trabalhos de meus alunos. Ao chegar ao caixa e entregar o papel de depósito à moça, ela jogou-o de volta para mim e disse: "O que você pensa que eu sou? Acha que leio pensamentos?" Eu havia me esquecido de preencher o papel com os dados de minha conta. Minha primeira reação foi pedir para falar com o gerente, mas algo no olhar dela fez-me parar. Em uma outra vez, ela havia me atendido de maneira amigável e eficiente. Então perguntei: "Você está tendo um dia ruim?" Diante disso, ela começou a chorar e disse: "Minha filha foi operada hoje e não pude estar com ela; não me dispensaram". Estendi minha mão pelo balcão e segurei a dela enquanto ela chorava. Desse dia em diante, sempre que vou ao banco, ela diz: "Essa é a minha cliente". Aprendi o nome dela e ela me disse que sua filha recuperou-se da cirurgia. Sei que Deus interveio. Se tivesse apresentado queixa, talvez ela tivesse perdido o emprego, o que teria complicado sua vida ainda mais. Naquele dia, Deus deu-me paciência e ensinou-me a lição da compaixão.

As pessoas impacientes, em geral, estão escondendo uma grande dor.
Oremos pelas pessoas que estão preocupadas demais para fazer bem o seu trabalho.

Diga obrigado

Que variedade, Senhor, nas tuas obras! [...] Todos esperam de ti que lhes dês de comer a seu tempo. Salmo 104.24, 27

Durante a Conferência Mundial do Meio Ambiente, que ocorre agora na Dinamarca*, serão colocados no altar das igrejas em muitos cultos religiosos três objetos incomuns: uma pedra, um grão de milho e um fragmento de coral**. As pedras vêm da Groenlândia; o milho, do Maláui; e os corais, do Pacífico. Esses objetos nos lembram que as mudanças climáticas causadas pelo nosso comportamento afetam as pessoas em todo o mundo. O aquecimento global elevou a temperatura do oceano que banha a Groenlândia, fazendo com que os peixes desapareçam, impossibilitando que muitas famílias se alimentem. O milho representa a seca que gera a fome dos camponeses pobres do Maláui. O coral nos lembra das ilhas do oceano Pacífico inundadas por causa da elevação do nível dá água; famílias perderam tudo e fugiram. Deus nos deu espaço para viver, plantar e pescar, mas nossos atos estão destruindo a terra e a vida das pessoas. Ganância e consumismo são pecados, e essa mentalidade descartável infecta nossas relações uns com os outros. Nós pensamos que podemos usar e descartar seres humanos. Mas Jesus nos ensinou a considerar os outros nossos irmãos e irmãs e a ver o mundo como uma preciosa dádiva de Deus.

Deus criou a Terra para nos sustentar; nós mudamos isso. Oremos pelas pessoas que enfrentam a seca.