sexta-feira, 5 de junho de 2009

Pessoas da varanda



...sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria, e até aos confins da terra. Atos 1.8b
Quando eu era menino, à noite, as famílias comumente se reuniam na varanda. Era um tempo para relaxar e partilhar em família os acontecimentos do dia. Um vizinho ou outro comumente parava para uma visita. Com o ritmo frenético do mundo e o intenso foco na privacidade pessoal, sentar-se na varanda tornou-se um costume do passado. As reuniões agora devem ser no quintal, longe dos olhos daqueles que precisam de um amigo. A lista de convidados é bem exclusiva e somente os que nela estão se sentem bem-vindos. Deus está sempre disponível a todos, por meio de Seu Filho, Jesus Cristo, ao contrário de nós, em nossa exclusividade. Jesus estava sempre junto às pessoas, mesmo em situações perigosas. Ele permanece disponível a cada um de nós hoje, mantendo sempre aberta a porta ao relacionamento. De modo semelhante, nós, que somos discípulos de Cristo, devemos estar disponíveis: em nossos bairros, igrejas, locais de trabalho. Cristo nos chama a sair de nossa segurança e privacidade para estarmos ao mesmo tempo visíveis e vulneráveis. Jesus Cristo caminha, conversa, ri e chora conosco e quer que façamos o mesmo aos outros. Os cristãos e cristãs são chamados a ser pessoas da varanda para todo o mundo.
Podemos buscar maneiras de oferecer Cristo àqueles que nos cercam.
Oremos pelas pessoas que precisam de um bom ouvinte.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Vida ou morte?



Os céus e a terra tomo hoje por testemunhas contra ti que te propus a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua descendência. Deuteronômio 30.19
Recentemente tive uma oportunidade de tirar vantagem de um equívoco de uma loja e ficar com duas cadeiras em vez da única que havia comprado. Foi tentador. Gostaria da cadeira extra, e o rapaz da entrega ficaria contente em deixá-la comigo. Mas, naquela manhã, acabara de ler Deuteronômio 30.19 e refletira sobre a significativa escolha entre a vida e a morte. Costumava me questionar por que Deus diria algo tão óbvio. Quem escolheria a morte em vez da vida, ou a maldição em vez de bênçãos? Mas o que eu não reconhecia, então, era a associação entre os erros morais e a morte espiritual. Creio que algo em nós morre quando tomamos decisões não éticas, imorais e desonestas. Nós talvez nem saibamos disso no momento, mas acabamos por sentir menos alegria, menos paz, menos esperança, menos fé. Um peso sutil se instala em nosso coração. Deus sempre nos pede para fazermos o que é bom para nós. Quando optamos pelo correto, escolhemos a vida; quando optamos pelo erro, escolhemos a morte. Às vezes, obedecer a Deus parece nos afastar das boas oportunidades. Mas, no fim, a obediência a Ele é a escolha que conduz à vida. E essa é uma escolha que merece uma consideração importante.
A vida abundante encontra-se pela obediência a Deus.

Oremos por líderes éticos.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Mais que dinheiro




Não negligencieis igualmente a prática do bem e a mútua cooperação; pois com tais sacrifícios Deus se compraz. Hebreus 13.16
Quando cheguei à cidade onde hoje vivo, percebi que moraria num lugar lindo, no qual muitas pessoas passam suas férias. Para demonstrar a Deus o quanto sou grato por poder viver em um lugar tão aprazível, engajei-me no serviço social. Administro há 15 anos, como voluntário, uma organização cristã que atende às necessidades de quase 500 crianças empobrecidas. Recentemente, ao falar sobre o meu trabalho, fiquei surpreso quando um amigo descrente duvidou que eu trabalhasse de graça. Meu amigo disse que eu era maluco por trabalhar sem salário. Estaria ele certo? Enquanto meditava sobre o que meu amigo havia dito, recebi um telefonema de minha mãe, que tem 82 anos e está lúcida e saudável. Ela contou-me que o culto de domingo em sua igreja tinha sido lindo. Logo depois de desligarmos, o telefone tocou novamente. Meu neto de seis anos, com sua voz enchendo meu coração de alegria, perguntou se poderíamos ir à praia naquela semana. Naturalmente, eu disse que sim. Não trabalho por dinheiro, mas sou rico. A boa saúde de minha mãe, um abraço de meu neto, a beleza da cidade, uma caminhada sobre a areia fria nas manhãs de verão, um jantar em família, risos na sala de estar, que bênçãos! São valores imensuráveis e mais valiosos do que qualquer coisa que o dinheiro possa comprar.
Como demonstro minha gratidão pelas bênçãos de Deus?
Oremos pelas voluntárias e voluntários.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Ama os teus inimigos


Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem. Mateus 5.43-44
Enquanto escrevo esta meditação, penso em meu país, que está envolvido em uma guerra sem perspectiva de fim. Hoje eu contesto a perda de vidas de ambos os lados da luta. Angustio-me pelas famílias que perderam seus queridos, pelos soldados e civis que se feriram, cujas vidas nunca mais serão as mesmas. Como cristã, trabalho para reagir contra a guerra. Jesus disse para orarmos pelos nossos inimigos. Imagino as famílias vivendo com medo, tentando levar suas vidas diárias quase normalmente. Penso em quantas pessoas morreram em consequência dessa e de muitas outras guerras. Vejo famílias de militares enfrentando a longa separação de seus queridos. Penso nos soldados refletindo sobre seus desafios diários. O que deve um cristão fazer? Tudo que sei fazer é orar. Posso orar pela paz e por todas as pessoas afetadas pela guerra. Posso me lembrar, agradecida, daqueles que estão dispostos a fazer sacrifícios pessoais, mesmo por pessoas como eu, que são contrárias à guerra.
Somente Cristo oferece paz duradoura.
Oremos pelas pessoas cujas vidas foram interrompidas pela guerra.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Verdade, misericórdia e liberdade



O que encobre as suas transgressões jamais prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia. Provérbios 28.13
Sentado diante de uma comissão de condicional, na esperança de que me concedessem minha liberdade, ouvi a seguinte pergunta: "Além das transgressões pelas quais você foi preso, quantas outras você cometeu?" Imediatamente pensei: Se admitir minhas transgressões ocultas, vou atrapalhar minha chance de liberdade. No entanto, optei pela verdade e ganhei minha condicional. Pensando sobre aquela experiência, perguntei-me algo semelhante: além dos pecados que já confessei, quantos outros já cometi? Posso confessar meus pecados ocultos, que não tiveram consequências imediatas? A Bíblia nos assegura de que encontraremos misericórdia, seja qual for o tamanho do nosso pecado, se optarmos pela verdade e pela confissão sincera a Deus. De fato, revelar todos os nossos pecados nos conduz ao crescimento espiritual, à transformação e à liberdade.
Confissão total traz liberdade total.
Oremos pelas pessoas que trabalham no sistema penitenciário.