sábado, 25 de junho de 2011

Sob controle


Assim como os céus são mais altos do que a terra, também os meus caminhos são mais altos do que os seus caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os seus pensamentos (Is 55.9).

Quando olhamos para os acontecimentos diários, temos a impressão de que vivemos em um mundo descontrolado. Quem faz o mal é premiado enquanto os honestos sofrem cada vez mais. Será que Deus não está no controle deste mundo? Essa era a reclamação do povo no tempo de Malaquias. Eles perguntaram: “Onde está o Deus do Juízo?” Algumas vezes, também somos tentados a pensar da mesma forma. Pensar assim pode parecer correto, mas Deus diz que fazer isso é aborrecê-lo. É cansar o Senhor com palavras. É questionar a capacidade de Deus de punir ou premiar. É acusar Deus de agir de forma parcial e imoral. É querer ser melhor do que Deus.
Deus responde a esta acusação dizendo que Ele está no controle da história. Ainda não é o dia do julgamento, mas este dia virá. Vivemos um tempo de preparo, de oportunide para arrependimento. Quando passamos por tribulação somos lavados e purificados. Quem passa pelo fogo do ourives é porque tem valor para Deus. Este quadro em que os justos vão mal e os ímpios aparentemente estão bem, será um dia revertido. Os que debocham de Deus terão como fim a morte. Os justos, que passaram na terra por aflições, terão na eternidade paz e alegria (Ml 4:1-3). Hoje não conseguimos entender muita coisa. Deus não age como nós achamos que deveria.
É preciso tomar muito cuidado para não ser um questionador de Deus e de sua vontade. Isso é um grande equívoco, uma demonstração de ingratidão. No lugar disso devemos entregar nossas vidas em suas mãos. Não devemos desanimar de servir a Deus devido às barreiras que enfrentamos. Não devemos telas como obstáculos, mas como degraus para o nosso crescimento.
Deus conhece e controla todas as coisas. Aquele que dá ao homem conhecimento, não saberá? Quem fez o ouvido, não ouvirá? O que formou o olho, não verá?

Se estamos com Deus, está tudo sob controle.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Casa nova



Considero que os nossos sofrimentos atuais não podem ser comparados com a glória que em nós será revelada (Rm 8.18).

Hoje vi um adesivo em um carro que dizia: “Na casa de meu pai há muitas moradas e ainda existem vagas”. Achei interessante a forma que o dono do carro encontrou para convidar pessoas ao encontro com Deus. Importante também é a lembrança que nossa casa aqui na Terra é passageira. Quando não nos lembramos disso, sofremos muito por tentar fazer deste lugar o que ele não é e nunca vai ser.
Na verdade, só teremos uma casa quando estivermos no céu com Deus. Aqui, nossa casa é provisória e, como tudo que é provisório, cheia de problemas. Neste mundo veremos pecado, fragilidade, desigualdade, doença, insegurança, mesmo que por alguns momentos tudo pareça muito bem. Mas na casa do céu haverá justiça plena; teremos paz, não mais haverá dor nem morte.
Saber disso é um grande consolo. Os sofrimentos do presente não podem ser comparados com a glória que virá. Por mais que estejamos passando por dificuldades, por mais que vejamos o mal em atividade, sabemos que tudo isso vai passar e teremos vida eterna gloriosa.
A promessa que temos é que esse dia logo chegará. Os dias podem parecer compridos, mas para Deus mil anos são como um dia, Ele não tarda em cumprir sua promessa. O dia do Senhor virá e será um dia de glória, poder, beleza, comunhão.
Saber disso é oportunidade de preparo. Ao invés de desfrutar prazeres passageiros e pecaminosos devemos viver de forma santa, esperando o dia do Senhor. Quanto mais preparados estivermos, mais perto estará a sua vinda.
O escritor Max Lucado disse sabiamente: “Em breve você estará em casa. Talvez ainda não tenha notado, mas está cada vez mais perto de casa. Cada momento é um passo dado. Cada respiração é uma página virada. Cada dia é um quilometro percorrido, uma montanha escalada. Você está mais perto de casa do que imagina. Antes que você perceba, seu dia marcado chegará”

Lembrar do céu é viver melhor na terra.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Fé solitária


Não deixemos de reunir-nos como igreja, segundo o costume de alguns, mas procuremos encorajar-nos uns aos outros, ainda mais quando vocês vêem que se aproxima o Dia (Hb 10.25)

É possível ser cristão sem pertencer a uma igreja? É possível viver a fé de forma isolada? Hoje temos tantas denominações diferentes e escândalos envolvendo pastores e comunidades que muitos ficam desanimados com a idéia de pertencer a alguma comunidade cristã.
Mesmo assim podemos afirmar que a vida cristã e a fé não podem ser individualistas. Ter fé é viver um relacionamento contínuo com Deus e com as pessoas. A vida cristã une os homens. Quebra qualquer barreira de isolamento. Enquanto as pessoas na sociedade se separam por classe social, raça, cultura, esportes, a fé une estes variados tipos de pessoa. Não há como separar fé de comunhão, elas caminham juntas.
A união tem como propósito principal a adoração a Deus. Quando estamos juntos podemos unir as nossas forças em louvor e gratidão ao Deus que nos criou e nos deu a salvação. Esta união também auxilia o nosso crescimento. Trocamos experiências, ajudamos uns aos outros e fortalecemos nossa fé.
A maior parte dos motivos que as pessoas dão para não participarem de uma comunidade cristã são desculpas utilizadas para não assumirem um compromisso mais sério com Deus. É importante analisar se a igreja que conhecemos é realmente uma comunidade fiel aos ensinos bíblicos. Mas também não podemos tentar viver uma fé isolada por não encontrarmos um lugar que nos agrade.
Talvez você esteja decepcionado por alguma experiência ruim que passou em alguma igreja. Ou talvez não acredite que exista algum valor em participar de uma comunidade. Seja o que for, não deixe que isso o afaste da comunhão com Deus e com aqueles que ele tem chamado. Busque a Deus com sinceridade, de todo o seu coração. Deus vai abençoá-lo. Vai mudar a sua sorte. E vai lhe dar companhia. Pessoas das mais diversas, mas que têm uma única missão, servir a Deus.

Busque a Deus e ele te indicará um povo.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Compadecer



Eu lhes disse essas coisas para que em mim vocês tenham paz. Neste mundo vocês terão aflições; contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo (Jo 16.33).

Encontramos neste texto de Isaías uma profecia falando do sofrimento de Jesus. Ler esta história nos encoraja a suportar as aflições de nossa vida com perseverança. Não que ver alguém sofrer seja algo que traga ânimo. O que nos transmite força é saber que aquele que nos consola é alguém que também já passou por grande sofrimento.
Jesus disse que no mundo teremos aflições, mas devemos ter ânimo. O motivo que Ele dá para termos ânimo é: “Eu venci o mundo”. Jesus não é apenas um rei poderoso que fica no palácio, cercado de riqueza, dizendo para os seus súditos que eles devem ficar firmes nas dificuldades. Jesus sofreu muitas perseguições e dores. Foi desprezado, rejeitado, Ele sabe o que é padecer.
Algumas vezes pensamos que estamos sozinhos e que não há ninguém que possa entender nossa dor, sofrer conosco, compadecer de nossa fraqueza. Estamos enganados, porque temos Jesus e ele compadece de nossas fraquezas.
Se observarmos as atitudes de Jesus diante do sofrimento, também podemos aprender como devemos reagir nestes momentos difíceis. Ele não resistiu, nem recuou do que deveria passar. Submeteu-se voluntariamente à intensa hostilidade. Jesus não se sentiu humilhado. Não podemos fugir do sofrimento como se ele não existe. Não devemos reagir de forma agressiva, vingativa, mas é preciso suportar, se calar.
Para que isso seja possível, é preciso ajuda do Senhor. Em meio ao sofrimento e humilhação, ter confiança em Deus. Saber que Ele está ao nosso lado e daí tirar forças para até receber bofetadas como se nada estivesse acontecendo. Se o Senhor está perto, podemos ter certeza de que a qualquer momento Ele vai intervir. Os adversários perecerão. Os inimigos serão desvestidos de sua aparente glória.

Quem padeceu sabe melhor compadecer.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Cadê a fé?



Ainda que um exército se acampe contra mim, meu coração não temerá; ainda que se declare guerra contra mim, mesmo assim estarei confiante (Sl 27.3).

Onde está a sua fé? Esta é a pergunta que Jesus fez aos seus discípulos que estavam temendo perecer na tempestade. Muitas vezes, nos problemas da vida, somos tomados por medo e insegurança, nos esquecendo da fé. Foi o que aconteceu com aqueles homens quando os ventos sopraram mais forte e o barco perdeu a estabilidade. Ficaram apavorados e se esqueceram do poder de quem estava com eles no barco.
É preciso colocar a fé em prática no momento de maior emergência. Jesus não repreende aqueles homens por não terem fé, mas por eles não colocarem a sua fé em ação. Quem tem Jesus em sua vida, no lugar do pânico e da agitação, deve se acalmar. Com Cristo no barco, ele não pode naufragar. Aqueles discípulos já tinham presenciado em suas vidas exemplos do poder de Jesus. Eles viram Jesus fazendo milagres, curando pessoas. Deveriam ter confiado que Jesus não iria deixá-los perecer.
Quando entendemos quem é Jesus e como ele é poderoso, quando olhamos para tudo o que Ele já fez, temos fé para crer que Ele pode fazer muito mais em nossas vidas.
Como aquele vento que veio subitamente sobre eles no barco, teremos ventos soprando contra nós. A vida é inconstante. Deus permite o balançar do barco e as tempestades. Elas provam a nossa fé. São oportunidades de expressá-la. Jesus nos convida a ter uma fé dinâmica. Uma fé que está à mão. Não escondida e esquecida, mas uma fé prática que busca o Senhor e percebe a sua presença a cada momento.
Se você se encontra nessa posição de prova, perturbação e teste, considere isso como uma oportunidade maravilhosa de exercitar a sua fé, de manifestá-la. A palavra de Jesus é suficiente para acalmar o mar agitado da vida. No lugar do medo e do espanto com as ondas podemos ficar admirados e felizes vendo o livramento de Jesus.

Devemos confiar e descansar em Deus independentemente das circunstâncias.