terça-feira, 27 de abril de 2010

Injusto



Antes corra o juízo como as águas, e a justiça, como ribeiro perene. Amós 5.24
Ontem, estava devagar. Levantei-me tarde e levei muito tempo para arrumar-me para o dia. Quando, finalmente, terminei de lavar a roupa e comecei a pendurá-la, a manhã já ia avançada. Nesta época do ano, chove quase todo fim de tarde. As chuvas vieram, como de costume, e minhas roupas não estavam secas quando as trouxe para dentro. Hoje, decidi agir melhor. Levantei cedo, fui direto para o trabalho, coloquei as roupas no varal em boa hora. O que aconteceu? Hoje, as nuvens apareceram mais cedo e os trovões começaram antes do meio-dia. Sem pensar, clamei: "Não é justo!" Mas as nuvens não ouviram; a chuva caiu assim mesmo. Sempre senti certa afinidade com Jó, o homem que pede uma explicação a Deus. Naturalmente, a situação dele era muito mais grave que a minha. Mas, como Jó, quero que a vida seja justa, demonstrativamente justa, de modo que todos recebam o que merecem, na hora em que acho que merecem. Mas a justiça de Deus é um mistério além da explicação fácil. A vida não é uma questão de recompensas e punições avaliadas, mas uma questão para contemplação, admiração e, finalmente, louvor.
O que Deus deseja para o mundo vai além das coisas triviais que nos acontecem.
Oremos pelos que estão sofrendo em virtude da injustiça.

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