quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Separar ou reconciliar

 
Um homem se aproxima de Jesus e diz: “Mestre, dize a meu irmão que divida a herança comigo”. Ele entendia que Jesus deveria fazer a justiça que ele pedia. Mas a resposta de Jesus é dura: “Homem, quem me designou juiz ou árbitro entre vocês?” Mas, afinal, não era um pedido justo? O clamor por justiça tem sempre um forte apelo na Bíblia. Mas, nesse caso, o suplicante já tem a solução e faz uma exigência: “Dize a meu irmão que divida a herança comigo.” A Justiça exige a consideração do problema sob outra perspectiva. E, antes de mais nada, é necessário que quem pede por justiça e exige seu direito olhe e obtenha uma nova visão de si mesmo. Jesus recusa o papel de juiz que se envolve em desavenças familiares, pois sua missão consiste em algo bem mais importante, a vida em si mesma. 

E Jesus não é um reformador social, nem um juiz de pequenas causas. O desafio dele era e é bem maior: “Arrependam (mudem de vida) e me sigam.” Jesus se recusa a ser um juiz preocupado em repartir bens. Ele é reconciliador. Ele quer ajudar as pessoas a viver em harmonia. Era óbvio que as relações entre o homem e seu irmão estavam cortadas. A solução ia muito além da divisão de bens. Jesus quer reconciliar as pessoas.

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