O justo florescerá como a palmeira, crescerá como o cedro no Líbano. Salmo 92.12
Após a morte de meu pai, o vazio de sua presença foi preenchido pelas inúmeras lembranças de uma vida repleta de histórias, acontecimentos e lições que ainda estamos aprendendo, pois o viver é um eterno aprender. Mas, quando tivemos de tomar algumas decisões sobre o que fazer com os seus objetos pessoais, o mobiliário da casa e o destino de minha mãe, em avançado estado de perda de memória, meus irmãos e eu enfrentamos vários dilemas. Doamos tudo o que foi possível, e preferi ficar apenas com uma pasta repleta de rascunhos das poesias e versos que meu pai escrevia como passatempo. Também resolvi trazer para minha casa uma azálea. A planta aparentemente estava ressecada; cuidadosamente a removi com um pouco da terra em volta de suas raízes e a plantei em minha casa. Após um longo período de adaptação, de galhos e folhas secas, as chuvas de verão chegaram e, com elas, uma pequena flor brotou, ou melhor, floresceu em meio aos galhos secos, e uma linda flor vermelha surgiu. Certamente, depois de algum tempo, ela cairá, atendendo ao ciclo da vida. No entanto, o justo florescerá como uma palmeira e crescerá como o cedro, e a sua descendência desfrutará momentos como esses, em que a fragilidade de uma flor tem o poder de resgatar lembranças tão positivas, profundas e consoladoras, pois os justos sempre florescerão.
Permita-se sensibilizar-se com a vida que floresce em meio ao cotidiano.
Oremos pelas pessoas que não vêem vida eterna.
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